A categoria participou de uma sessão na Câmara de Vereadores de Conquista e também esteve mobilizada em frente a agência da Barão do Rio Branco
Este dia 10 de fevereiro foi o Dia de Luta Nacional no Banco do Brasil. Na base do Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região foram suspensas as atividades nas agências de Abaíra, Barra do Choça, Condeúba, Cândido Sales, Itambé, Itapetinga, Tremedal e outras cidades. Em Conquista, além de paralisar, bancárias e bancários estiveram reunidos em frente a agência Barão do Rio Branco para dialogar com a população.
Após solicitação da diretoria do Sindicato, o presidente, Leonardo Viana, foi convidado para realizar uma fala no plenário da Câmara de Vereadores de Conquista para denunciar o desmonte do Banco do Brasil e os impactos para a população. Só na cidade, o banco possui 30.000 clientes e conta com apenas 105 bancários para atender essa demanda, ainda assim, a gestão do banco pretende remover 17 funcionários.
Esse pacote de enfraquecimento do BB enquanto empresa pública, prevê o fechamento de mais de cinco mil postos de trabalho e a desativação de 361 unidades, em todo o país.
“Nós temos vivido uma situação muito difícil no banco, a pressão tem sido cada vez mais para conseguir dar conta da demanda que cresce enquanto o número de funcionários diminui. Só no Plano de Demissão Voluntária anunciado recentemente, existe a perspectiva de serem desligadas mais de 5 mil pessoas. O banco tem sofrido ataques que têm resultado no seu sucateamento, tornando as condições de trabalho cada vez mais precárias. Ir para as ruas denunciar isso é importante para que toda a população possa entender os reais motivos das longas filas para atendimento”, avalia Camila Souza, funcionária do BB.
Ainda na sessão da Câmara, a categoria pautou junto ao poder público uma intervenção para que evitar a diminuição do número de trabalhadores na cidade, além de requerer a vacinação de todos contra a Covid-19. A solicitação dessa demanda sanitária tem como base a função que estas trabalhadoras e trabalhadores estão cumprindo durante a pandemia, atendendo de forma presencial milhares de conquistenses e população da região que precisam de atendimento bancário.
“Hoje trabalhadoras e trabalhadores de todo o país pararam as atividades para cobrar da gestão do Banco do Brasil que reveja o projeto de reestruturação anunciado neste ano. Além de cumprir um papel social fundamental, o banco ainda é uma instituição lucrativa, sendo fundamental no equilíbrio econômico para os brasileiros. Durante a pandemia do coronavírus, o BB emprestou R$6,6 bilhões para 110 mil micro e pequenas empresas. Para comparar, o maior banco privado concedeu R $3,9 bilhões para 42 mil empresas. Somado a isso, nos três primeiros trimestres de 2019, o banco lucrou mais de R $10 bilhões, com a exploração de clientes e bancários. Tamanho desempenho não justifica as medidas que estão sendo pensadas. Exigimos que o BB respeite aquelas e aqueles que estão na linha de frente trabalhando exaustivamente para atender a população”, destaca Leonardo Viana, funcionário do BB e presidente do SEEB/VCR.