Os bancários do Citibank realizaram, na terça-feira (15), a Jornada Internacional de Luta pelas ruas do Brasil, Argentina, Colômbia e Nova York. Os protestos foram motivados pelo anúncio do banco de que pretende vender suas operações de varejo nos países da América do Sul. O movimento sindical se mobilizou para cobrar a manutenção dos empregos e negociação com a representação dos trabalhadores.
“Recebemos a notícia da venda do segmento de varejo com muita perplexidade. É um banco que tem lucro. No ano passado, só aqui no Brasil, o Citibank lucrou R$ 211 milhões. Estamos aqui com o objetivo de defender os empregos dos bancários. São cerca de 5 mil trabalhadores e 71 agências no Brasil. Não vamos admitir demissões”, declarou o secretário de Relações Internacionais da Contraf, Mário Raia.
De acordo com a diretora executiva do Sindicato e presidenta da UNI Finanças Mundial, Rita Berlofa, o secretário-geral da UNI, Philip Jennings, já solicitou reunião com a direção global do Citibank para tratar da venda das suas atividades de varejo em países da América Latina. O banco ainda não respondeu. “Continuaremos insistindo nessa reunião. Acreditamos que os problemas devem ser resolvidos pela via negocial”, afirmou a dirigente.
No dia 25 de fevereiro, a Contraf se reuniu com representantes do Citibank no Brasil com o objetivo de defender os empregos e os direitos. Após cobrança da representação dos trabalhadores, o diretor de Recursos Humanos do banco, Rudnei Gomes, se comprometeu a apresentar um estudo sobre o impacto da venda do segmento de varejo no Brasil no próximo encontro.
“É fundamental que os trabalhadores do Citibank estejam organizados, junto com os sindicatos, para que possamos lutar pelos empregos, para que tenhamos uma correlação de forças capaz de negociar junto ao futuro comprador o compromisso pela manutenção dos postos de trabalho com a permanência dos atuais trabalhadores”, concluiu Rita Berlofa.