Mesmo superando seus resultados nos lucros, o Bradesco bate recorde de desrespeito aos trabalhadores e clientes. Por este motivo, o Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região realizou, nesta quinta-feira (16), uma mobilização pela valorização dos funcionários.
O ato faz parte do Dia Nacional de Luta, que aconteceu simultaneamente em diversas agências pelo país, com o objetivo de denunciar os ataques promovidos pelo Bradesco às bancárias e aos bancários.
Na base do SEEB/VCR, o Bradesco é o campeão disparado de demissões, muitas delas irregulares, promovidas contra funcionários acometidos por doenças relacionadas ao trabalho. Entre 2020 e 2021, cerca de 30 trabalhadoras e trabalhadores foram desligados na região. Contudo, o Sindicato conseguiu provar a ilegalidade e reintegrar, por via administrativa ou jurídica, a maioria dos casos.
Para os poucos bancários que continuam em atividade, restam a sobrecarga de trabalho, as cobranças cada vez mais intensas e metas abusivas, que em muitos casos são impossíveis de serem batidas.
Este ambiente precarizado tem consumido os trabalhadores, que são os que mais apresentam doenças ocupacionais, sejam elas físicas ou mentais.
Em números gerais, o Bradesco já fechou quase 9 mil postos de trabalho e mais de 1.000 agências em doze meses. Estes cortes representam uma queda brutal na capacidade de atendimento para os clientes e usuários, que – em plena pandemia da Covid-19 – precisam esperar por horas, aglomerados nas filas.
Esta situação de abandono não se justifica, pois, somente nos nove primeiros meses deste ano, o banco já lucrou quase R$ 20 bilhões.
O presidente do Sindicato, Leonardo Viana, convoca a população para lutar contra a exploração de bancários e clientes, e por melhores condições de atendimento no Bradesco.
“A população, juntamente com a categoria bancária, tem sido os maiores prejudicados com essa política de desligamentos e fechamento de agências promovidas pelo Bradesco. Por isso, é preciso que a população se junte aos trabalhadores no combate às demissões e promovam denúncias e reclamações contra esses cortes, pois a falta de funcionários na agência aumenta o tempo de espera por atendimento e gera sobrecarregada de trabalho para a categoria”, afirma Leonardo Viana, presidente do Sindicato.