Nesta quinta-feira (01), os bancários de Brumado, Itapetinga e Vitória da Conquista paralisaram as atividades das agências do Itaú em protesto contra os desmandos do banco. Os atos fazem parte de um dia de mobilização que está acontecendo por todo país.
Desde o final do ano passado, o Itaú está implementando medidas que prejudicam os trabalhadores, sem consultar os bancários ou seus representantes legais.
Uma das determinações é não promover mais homologações no Sindicato. Isto significa que será dificultado o apoio jurídico aos trabalhadores demitidos, bem como a revisão da rescisão pelos diretores sindicais.
Em dezembro, o banco também já havia tentado promover alterações com relação à definição da data e período de férias de acordo com as mudanças da nova lei trabalhista.
O Itaú Unibanco é o maior banco privado do país e registrou lucro líquido recorrente de R$ 18,6 bilhões nos três primeiros trimestres de 2017, alta de 13,9% em relação a 2016.
A receita com prestação de serviços e tarifas subiu 7,1%, totalizando R$ 26,3 bilhões. Somente esse valor cobre toda a despesa com os funcionários e ainda sobram R$ 10 bi.
Apesar do lucro exorbitante, o banco continua fechando postos de trabalho, aumentando a sobrecarga de trabalho e o adoecimento dos trabalhadores bancários. “Realizar a homologação do desligamento sem a presença do Sindicato e de sua assessoria jurídica representa o risco de que direitos sejam negados aos bancários, justamente em um momento de fragilidade que é a demissão. Além disso estamos na luta por mais contratações, para a melhoria do atendimento à população. Entendemos que valorizar a categoria bancária é também respeitar toda a sociedade”, afirma Carlos Alberto Gonçalves, diretor do Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região.