Desde junho deste ano, bancários e bancárias de todo o Brasil estão em plena Campanha Nacional Unificada para a manutenção e renovação dos direitos da categoria. Até o momento foram 14 rodadas de negociações com a Federação Nacional dos Bancos e, apesar da tentativa de diálogo, os bancos ignoraram a maioria das reivindicações. Durante as reuniões, eles propuseram retirar direitos adquiridos historicamente pela classe, além de ofereceram um reajuste de 5,8% no salário, um porcentual bem abaixo da inflação.
Os principais pontos reivindicados são: Garantia dos empregos, proteção aos trabalhadores adoecidos, contratação de mais bancários, fim das metas abusivas, combate ao assédio moral e tratamento daqueles que ficaram com sequelas da Covid-19.
Em 2021, os bancos tiveram lucros recordes à custa da exploração da classe. Os quatro maiores bancos (BB, Bradesco, Itaú e Santander), registraram um lucro líquido de 90,5 bilhões de reais e, para manter seus lucros bilionários, os mesmos fecharam 12 mil postos de trabalho nos últimos dois anos. Tudo isso culmina para agências lotadas, filas enormes, trabalhadores adoecidos e a população sem atendimento adequado.
Diante do descaso dos banqueiros, os diretores do Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região (SEEB/VCR) estão realizando reuniões nas agências de base para informar a categoria sobre o andamento das negociações e, também, mobilizar a classe trabalhadora para acompanhar mais de perto o desenrolar das negociações.
Além disso, o presidente do SEEB/VCR, Leonardo Viana, convida a classe bancária para participar da plenária e assembleia virtual: “Aproveitamos para convocar os bancários a participarem da nossa plenária na quinta-feira (25), às 18:30, pela plataforma zoom e da Assembleia Virtual, na sexta-feira (26), das 8 às 23:59”.
O presidente também acrescenta: “A plenária tem o objetivo de discutir, de forma mais aprofundada, os pontos da proposta que foram apresentados pela FENABAN e, a assembleia, tem o objetivo de deliberar sobre as propostas apresentadas até agora e aprovar o estado de assembleia geral permanente. Esses passos são fundamentais para decidir os rumos da campanha salarial a partir de agora. Afinal, se os bancos continuarem enrolando para dar repostas acerca da pauta social da negociação e apresentando propostas salariais abaixo dos índices da inflação, a categoria tende a se mobilizar com a possibilidade de deflagrar greve nos próximos dias”.