São 2.700 pessoas a mais para serem atendidas com a mesma estrutura e o mesmo número de funcionários. O resultado não poderia ser diferente: filas gigantescas, pessoas aguardando por horas para efetuar um simples saque de benefícios e funcionários extremamente sobrecarregados. É isso que está acontecendo na agência do Banco do Brasil de Anagé. Após o fechamento da agência do Bradesco da cidade, no dia 19 de julho, as contas dos beneficiários do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) foram repassadas para o BB de forma repentina, além das contas de novos clientes.
Com essa situação os bancários da agência têm sido obrigados a extrapolarem os limites físicos e mentais para atenderem minimamente toda a demanda. Toda essa exploração é um dos fatores que provoca o elevado número de adoecimentos e afastamentos do trabalho em nossa categoria.
Para os clientes e usuários das instituições financeiras da cidade e região, a situação piorou consideravelmente. Com o fechamento do Bradesco e a incapacidade do Banco do Brasil de oferecer o atendimento, centenas de pessoas são forçadas a se deslocar até Vitória da Conquista, onde também há poucas agências e funcionários, para resolver suas questões bancárias.
A falta de responsabilidade social por parte dos bancos é evidente no fechamento repentino da unidade do Bradesco e na inadequada estrutura do Banco do Brasil para lidar com o aumento da demanda. O INSS também demonstra falta de responsabilidade ao conceder benefícios a bancos que tratam seus clientes de forma desrespeitosa, enquanto o governo não fiscaliza adequadamente e permite que os bancos funcionem sem condições adequadas para atender à população e oferecer boas condições de trabalho para seus funcionários.
“Neste momento, os funcionários e a população pedem socorro. O BB precisa encontrar alternativas para suprir essa demanda extraordinária, aumentando o quadro de funcionários, uma vez que os que estão na ativa, mesmo fazendo jornada extra, não são suficientes para atender os clientes e usuários. O Sindicato vai entrar em contato com a Regional para buscar uma solução que melhore as condições de trabalho na agência”, conclui Sarah Sodré, vice-presidente do SEEB/VCR.