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Banco do Brasil: mais lucro e menos funcionários

Em 2018, o Banco do Brasil lucrou R$13,5 bilhões, o que representa um crescimento de 22,2% com relação ao mesmo período de 2017. Toda essa lucratividade é sustentada principalmente através da exploração do trabalhador e do cliente.

Para os banqueiros, quanto mais se ganha, mais é possível ganhar. Mesmo com o aumento significativo do lucro, o BB fechou 2.272 postos de trabalho em um ano, uma queda de 2,29% no quadro de funcionários entre dezembro de 2017 e 2018. Já os clientes sentiram mais no bolso, com um aumento de 5,7% nas tarifas bancárias no ano passado.

O banco, que a cada dia perde mais o seu caráter social, tem hoje, em sua direção Rubem Novaes, um declarado defensor da política de privatização e intensificação da lucratividade acima de tudo. Recentemente, o gestor, em entrevista para o Valor Econômico, declarou: “o BB privatizado seria mais eficiente, ganhariam os funcionários, ganharia todo mundo”. Apesar de destacar que essa não é uma política do governo, o mesmo deixa claro o perfil daqueles que foram escolhidos pelo atual presidente para gerir as empresas públicas.

O que não fica claro dentro do pensamento do gestor é qual seria a fatia do bolo para as trabalhadoras e trabalhadores do BB. Enquanto o banco aumenta seu lucro anualmente, as condições de trabalho são precarizadas e pressão por metas também cresce.
Recentemente o Banco do Brasil divulgou um comunicado informando uma mudança na metodologia de avaliação do GDP, onde as avaliações que constam a nota máxima (7), caso realizadas pelo próprio funcionário ou por seus pares, ferem o código de ética e podem ser retiradas da base de dados e avaliadas disciplinarmente.

Apesar de ser uma decisão sustentada pela argumentação de que é necessário se atentar para o uso deliberado desse sistema, apenas a nota máxima será suspensa, enquanto as notas baixas – utilizadas de forma deliberada por alguns gestores – permanecem no sistema e colocam em xeque a eficiência dessa avaliação para construção de um perfil do trabalhador.

“A avaliação por competência do banco deveria adotar critérios justos para que o perfil de cada funcionário fosse valorizado e melhor aproveitado de acordo seu desempenho, porém o que vemos é o banco se utilizando desse recurso para perseguir, assediar equipes e descomissionar pessoas. Os bancários devem acompanhar suas avaliações e denunciar ao Sindicato os casos de uso indevido do sistema de Gestão de Desenvolvimento por Competências”, afirma a vice-presidente do SEEB/VCR, Larissa Couto.

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