No mesmo dia que anunciou um lucro de R$ 18,162 bilhões em 2019, o Banco do Brasil anunciou que a parcela da Participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR) referente ao segundo semestre de 2019 será paga aos funcionários no dia 5 de março.
O Banco do Brasil tem uma regra específica para pagamento da PLR. O valor é soma do módulo Fenaban e do módulo BB. Pelo módulo Fenaban, o funcionário recebe 45% do salário paradigma definido no acordo, acrescido de parcela fixa a ser definida pelo banco, para cada semestre.
O módulo BB é formado por uma parcela constituída pela divisão entre os funcionários de 4% do lucro líquido verificado no semestre, mais uma parcela que varia conforme cumprimento do Acordo de Trabalho (ATB) ou Conexão.
PLR em risco
Os ganhos dos funcionários com a PLR podem ser reduzidos a partir deste semestre por causa do processo de reestruturação do banco. “A PLR é baseada no valor de referência (VR) da gratificação paga aos funcionários. As mudanças anunciadas pelo banco reduzem o VR e, com isso, a PLR também pode ser reduzida”, explicou o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga. “O banco cada vez mais quer empurrar os valores a serem pagos de PLR para a remuneração variável. Isso é prejudicial ao trabalhador, que fica à mercê da decisão exclusiva do banco. Por isso, defendemos a manutenção da PLR coo remuneração fixa”, completou.
O Banco do Brasil anunciou, no início de fevereiro, uma série de medidas que vai alterar a forma de remuneração na instituição. “Analisamos os principais pontos da proposta e vimos que apenas os altos executivos que ocupam cargos indicados pelo governo podem ser beneficiados pelas medidas. Os demais vão ter perdas”, concluiu o coordenador da CEBB.
Fonte: Contraf-Cut