O Banco do Brasil informou nesta segunda-feira (13) que registrou um lucro líquido de R$ 8,627 bilhões no quarto trimestre deste ano. O número corresponde a uma alta de 61,2% em relação a igual período de 2021 (R$ 5,352 bilhões) e de 6,5% em comparação aos três meses encerrados em setembro (R$ 8,099 bilhões).
Já o lucro líquido ajustado do banco, que exclui itens extraordinários, totalizou R$ 9,039 bilhões entre outubro e dezembro, alta de 52,4% em relação ao quarto trimestre de 2021. Nos três meses encerrados em setembro, o banco havia registrado um lucro de R$ 8,360 bilhões.
‘Efeito Americanas’
Assim como seus pares privados (Itaú, Bradesco e Santander), o Banco do Brasil também sentiu os impactos do escândalo contábil envolvendo a Americanas. Por conta do caso, a instituição fez uma reserva adicional para calotes, de R$ 788 milhões, correspondente a 50% do crédito tomado pela varejista.
“Os desdobramentos do caso estão sob monitoramento constante e o volume de provisão acompanhará a evolução das negociações, sendo que eventual necessidade de agravamento adicional do risco e seu impacto em provisão já estão devidamente contemplados nas projeções corporativas de 2023”, diz o relatório do BB.
Carteira de crédito, inadimplência e provisões
A carteira de crédito ampliada do Banco do Brasil somou R$ 1,004 trilhão no quarto trimestre de 2022, um crescimento de 14,9% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Na relação trimestral, a alta foi de 3,6%.
O movimento foi puxado principalmente pelo desempenho positivo da carteira ampliada com pessoas jurídicas, que apresentou uma alta de 12,8% em 12 meses, a R$ 358,5 bilhões. Nesse segmento, o destaque ficou com o avanço das operações com recebíveis, que cresceram 20,4% no período.
Já as concessões no segmento pessoas físicas registraram um avanço de 9,0% na comparação anual, a R$ 289,6 bilhões. Nesse caso, a alta foi puxada principalmente pelo desempenho do crédito consignado, que avançou 7,8% em 12 meses.
O índice de inadimplência acima de 90 dias do banco, por sua vez, ficou em 2,51% no final de 2022, 0,76 ponto percentual (p.p.) acima do patamar observado em dezembro de 2021 (1,75%) e 0,17 p.p. maior do que o nível visto no trimestre anterior (2,34%).
Já as provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa (PCLD) expandida, reserva feita pela instituição para cobrir eventuais calotes, totalizou R$ 6,534 bilhões em dezembro, alta de 72,4% em relação ao mesmo período de 2021.
Margem financeira e retorno sobre patrimônio líquido
A margem financeira líquida do BB totalizou R$ 14,917 bilhões no quarto trimestre do ano passado, um avanço de 35,5% em comparação ao mesmo período de 2021. Em 2022 como um todo, a margem líquida somou R$ 56,7 bilhões – nesse caso, uma alta de 22,6% ante 2021.
Por fim, o cálculo anualizado do retorno sobre patrimônio líquido do banco ficou em 13,1% em dezembro de 2022, um aumento de 2,8 p.p. ante igual período de 2021.
Fonte: G1.