Foto: Giro Ipiaú
No último dia 24, os vigilantes da Bahia entraram em greve por melhores condições de trabalho e por remuneração adequada aos riscos aos quais estão expostos. São quase 32 mil vigilantes que atuam no estado e que, de forma legítima, paralisaram suas atividades com o objetivo de pleitear um reajuste salarial de 15%, ticket refeição de R$20, cotas de 30% para mulheres e piso salarial de R$ 1.500. A proposta dos patrões é um aumento de R$ 10.
O Sindicato de Bancários de Vitória da Conquista e Região, ao cumprir seu papel de fiscalizar as condições de trabalho dos bancários, pôde constatar, por meio de uma Ata Notarial, que o Bradesco de Itapetinga ignorou a legislação que rege o funcionamento dos bancos – e impõe uma quantidade mínima de vigilantes para que clientes possam ser atendidos no último dia 25. Durante a paralisação, o atendimento ao público na agência aconteceu com apenas um dos três vigias. O registro foi feito, e o Sindicato já está acompanhando o caso nas devidas instâncias.
Para o presidente do SEEB/VCR, Paulo Barrocas, os bancos são irresponsáveis ao permitirem o funcionamento de unidades onde não há o número mínimo vigilantes, como regulamentado pela Lei Federal 7.102/83. “O Bradesco, assim como o Itaú, estão desrespeitando a Lei e vêm mantendo algumas agências sem o número mínimo de vigilantes estabelecido por lei. A greve dos vigilantes é legítima, e a lei precisa ser respeitada para que os bancos não coloquem em risco a vida de clientes e bancários. Caso os bancos insistam em abrir as unidades, faremos denúncias aos órgãos competentes, como o Ministério Público do Trabalho, Ministério Público Federal, Polícias Militar e Federal, para que a segurança de trabalhadoras, trabalhadores e população seja garantida”, aponta.
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