Além de fechar agências sem dó nem piedade, os banqueiros passam a navalha e demitem milhares de bancários. Sem cerimônia, nos 12 meses até setembro, cortaram 26% a mais de vagas no comparativo com a média de 2013 a 2019.
Os bancos deixaram mais de 72.500 pessoas desempregadas entre 2013 até novembro passado, de acordo com a Bloomberg. O líder em demissões no período foi o Santander. O banco espanhol cortou 4.335 empregos. Já o Bradesco demitiu cerca de 3,4 mil funcionários em 12 meses.
Incrível que os bancos investiram R$ 24,6 bilhões em tecnologia no ano passado e não distribuíram os investimentos com funcionários e clientes, responspaveis pela lucratividade exorbitante. O Itaú teve saldo positivo, de 736 vagas, no quadro de pessoal pela contratação de mais de 2 mil empregados da empresa de tecnologia adquirida pelo banco.
A Caixa eliminou 3.896 empregados. Até 20 de novembro, a estatal possuía menos 17 mil profissionais, pois hoje conta com 84,2 mil trabalhadores e tinha 101,5 mil em 2014. O déficit coloca em risco a capacidade e qualidade da assistência ao povo, mas a direção da estatal e o governo não se importam.
A instituição financeira não contrata novos bancários. Para piorar, ainda foi aberto PDV (Programa de Desligamento Voluntário) na Caixa. O governo federal não tem o menor compromisso com os trabalhadores, pois deveria fazer como em outros países e não permitir que empresas lucrativas demitam.
Fonte: SBBA