A assinatura do acordo entre BNB e bancários representa a última etapa da Campanha Salarial 2014. Contudo, as negociações desse ano não superaram as dificuldades de reestabelecer e fazer avançar nos bancos públicos a função para qual foram criados. “Só a organização dos trabalhadores pode impedir que os bancos públicos tenham sua função esvaziada. Devemos estar mobilizados na defesa dessas Instituições e lutar para que elas cumpram seu papel.” afirma o diretor Jurídico e representante dos bancários da BA/SE na mesa de negociação do Banco do Nordeste, Rodrigo Maia.
Equilibrar o sistema financeiro, motivar o desenvolvimento regional, alocar recursos para o atendimento às causas sociais e manter um lucro apenas para manutenção dos gastos próprios, estas são as diretrizes que afastam os objetivos dos bancos públicos das dos bancos privados e os tornam fundamentais para o crescimento do país.
No Brasil, entre os federais, regionais, estaduais e distrital, são quase 20 bancos públicos atuando em conformidade com políticas de atendimento aos interesses de desenvolvimento social. Na base territorial do SEEB/VCR, há implantadas três instituições financeiras que possuem controle majoritariamente público, o Banco do Brasil, o Banco do Nordeste do Brasil e a Caixa Econômica Federal.
O BB, na condição de principal agente financeiro da União, se destaca na ampliação da oferta de crédito para a agropecuária, a agricultura familiar, para pequenas empresas e autônomos. A CEF é centralizadora de operações como o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), Programa de Integração Social (PIS) e Habitação Popular, além de ser agente pagador do Bolsa Família e do Seguro-Desemprego. Já o BNB é responsável pelo maior programa de microcrédito produtivo orientado da América do Sul, o CrediAmigo, cuja metodologia de formação de grupos solidários dispensa apresentação de garantias.
“É fundamental que os bancos públicos retomem os objetivos pelos quais foram criados, de agentes do desenvolvimento econômico e social, deixando o atual caminho da busca insana pela lucratividade, priorizando a valorização dos bancários, principais responsáveis por fazer funcionar o sistema financeiro e a economia do país”, afirma Davi Nogueira, secretário geral do Sindicato e bancário da Caixa.
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