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Bancos públicos: self-service para o mercado

A postura liberal da economia desenhada por Bolsonaro foi retratada muito bem pelas nomeações dos presidentes dos principais bancos públicos do país, que aconteceu no último dia 7.
Com Joaquim Levy no BNDES, Rubem Novaes no BB e Pedro Guimarães na CEF, o governo informou que a primeira providência que os nomeados terão que cumprir é o pagamento de R$ 84 bilhões ao Tesouro Nacional dentro do mandato da atual administração. Estes valores foram emprestados às instituições em forma de “instrumento híbrido de capital e dívida” com objetivo de elevar a capacidade de conceder novos empréstimos.
No contrato inicial não havia previsão de prazos para o pagamento. A Caixa terá que devolver R$ 40 bilhões ao Tesouro, o BNDES, R$ 35 bi e o BB, R$ 8,1 bi.

Banco do Brasil
O posicionamento do novo presidente do Banco do Brasil, o economista Rubem Novaes, tem preocupado trabalhadores. Rubem tem histórico de postagens misóginas e teorias exóticas sobre aquecimento global e política em suas redes sociais. A promoção do filho de Mourão, vice-presidente da República, no Banco do Brasil – triplicando o seu salário – foi a primeira medida adotada, evidenciando o nepotismo oficial.

Caixa Econômica Federal
A confirmação da privatização de parte das operações das Loterias da Caixa, Caixa Seguros e Cartões Caixa pelo novo presidente da CEF, Pedro Guimarães, feita junto à sua posse, preocupa os trabalhadores e torna incerto o futuro do banco como agente propulsor do desenvolvimento nacional. Além das notícias falsas produzidas pela equipe de Bolsonaro, sobre juros, financiamentos e outros, que desqualificam a instituição, o principal objetivo do novo comando é retirar da Caixa uma parcela do mercado em que atua e entregar aos bancos privados.
Para a vice-presidente do Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região e bancária do Banco do Brasil, Larissa Couto, é preciso reconhecer a importância das estatais e dos seus funcionários para toda a sociedade. “Os bancos públicos são sinônimos de eficiência, tradição, segurança, idoneidade e bons serviços. Com o enfraquecimento dessas instituições, o capital privado passa a atuar sem a participação dos concorrentes incômodos. A população brasileira e a economia do país perdem, assim, instrumentos importantes de políticas públicas. Sobre o perfil do atual presidente do BB, nós vamos cobrar ações que envolvam respeito e valorização às mulheres, fazendo com que os objetivos do programa de equidade de gênero do banco sejam alcançados em todos os setores e escalões da empresa”, destaca.

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