A categoria bancária está inserida em uma intensa rotina de precarização do trabalho. Enquanto os bancos aumentam seus lucros, funcionárias e funcionários lidam diariamente com a falta de estrutura, assédio por cumprimento de metas e redução de postos de trabalho.
Somente em 2017, o lucro do Banco do Brasil cresceu 54,2%, atingindo R$ 11 bilhões. Mas com esse crescimento, o banco, que ainda tem um forte caráter social, não aplica seus ganhos em mais contratações e melhorias nas condições de trabalho. Pelo contrário, só nos primeiros dois meses deste ano, BB, Itaú Unibanco, Bradesco e Santander foram responsáveis pelo fechamento de 424 postos de emprego.
Somado a isso, o assédio na cobrança por metas é cada vez mais intensificado nas relações dentro do Banco do Brasil, a exemplo da divulgação de ranking de metas, o que descumpre o Acordo Coletivo da categoria. Para além disso, esse ranking tem sido vinculado à concessão do abono. O que ocorre na verdade é que os abonos são acordados diretamente com a direção do banco durante a Campanha Salarial, portanto são conquistas históricas das funcionárias e funcionários do BB através da luta e precisam ser respeitadas, não servir como ferramenta de ameaça por parte dos gestores. “Estamos acompanhando casos de gestores vinculando a concessão de abonos ao atingimento de metas de vendas de produtos. Tal prática é vedada por Acordo Coletivo, além de ser qualificada como assédio moral. Não vamos tolerar essa situação, pois os direitos conquistados não podem servir como moeda de troca. Essas práticas podem ser investigadas pelo MTE, que anteriormente já autuou o banco na região”, ressalta Larissa Couto, vice-presidente do SEEB/VCR.
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