Ano após ano, governo após governo, o problema da segurança bancária parece não ter solução. O último caso aconteceu na madrugada de segunda-feira (01) e teve como alvo a agência do Banco do Brasil de Abaíra. Segundo informações, cerca de 20 bandidos fortemente armados – inclusive com uma metralhadora calibre .50, utilizado pelas forças armadas contra blindados e aviões -, chegaram ao município e efetuaram disparos contra a guarnição local da polícia. Logo após, se dirigiram à unidade do BB onde utilizaram explosivos para abrir os caixas e o cofre.
A estrutura da agência ficou bastante danificada, trazendo risco para as famílias que moram no andar superior, mas ninguém ficou ferido. Nenhum bancário ou cliente foi feito refém durante a ação.
Este ano, a Bahia já soma 59 registros de ataques à bancos, entre explosões, assaltos, arrombamentos e sequestros. Contudo, os responsáveis pela prevenção destes casos têm feito muito pouco pela segurança da população.
Os bancos, que lucram bilhões com a exploração de bancários e clientes, não investem o suficiente em infraestrutura de segurança nem apresentam projetos de parcerias público-privadas para a prevenção de assaltos e sequestros. O estado, por sua vez, também é omisso e não dispõe de aparato nem do número de policiais suficientes para investigar e reprimir os ataques.
O SEEB/VCR tem como pauta constante a cobrança por mais segurança nas agências. Além de promover manifestações pela base, em fevereiro deste ano, a diretoria entregou pessoalmente ao governador Rui Costa um documento relatando os problemas de segurança enfrentados pela categoria em todo o estado, cobrando o cumprimento das promessas feitas por ele em campanha eleitoral, a exemplo da instalação das de seis bases aérea da PM equipadas com helicópteros.
“Até o momento não percebemos esforços do governo do estado no combate a esses crimes que colocam em risco a vida das pessoas, provocam prejuízos aos bancários e prejudicam os aposentados e toda a economia da região onde esses ataques acontecem. Vamos enviar um ofício ao governador exigindo providências urgentes”, afirma o diretor Regional de Brumado, Alberto Rocha.
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