O Banco do Brasil descumpriu uma proposta feita pelo próprio banco na mesa de negociação sobre a reestruturação na Vice-Presidência de Serviços de Infraestrutura (VISIN). O banco havia confirmado que os caixas executivos que perderam os cargos na reestruturação poderiam ficar na plataforma de suporte operacional (PSO) por um período de 4 meses.
Questionado sobre o não cumprimento do acordo, o banco respondeu que a promessa havia sido feita apenas para Florianópolis, o que não corresponde com o acordo na mesa. Ainda assim, nem mesmo em Florianópolis foi feito como prometido. A Comissão de Empresa dos Funcionários da Contraf, que representa o Comando Nacional nas negociações, repudia a atitude do BB nesse processo negocial.
Outra situação grave no processo envolvendo os caixas é que o banco não pagará as Verbas de Caráter Pessoal (VCP) para os caixas que foram descomissionados, o que deveria acontecer em todos os casos em que há perda de cargo por reestruturação. A empresa alega que não poderá pagar gratificação se o funcionário está em outra função e que caixa é gratificação e não comissão.
Para Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, a negativa do BB em garantir a remuneração dos caixas por pelo menos quatro meses, mostra que o debate de custo financeiro se sobrepõe às pessoas no BB. “A alegação do BB para não pagar a gratificação aos caixas trouxe um argumento que foi superado desde 2013, quando foi implantada a carreira de mérito para os caixas. O argumento do BB é tão sem sentido pois os próprios aplicativos de sistemas do BB mostram a função de caixa no histórico de comissões exercidas. “
Planilha de dados incompleta e problemas em outros cargos
A reestruturação na VISIN está fugindo do padrão em outra questão. A diretoria não consegue concluir uma planilha com os dados reais de movimentação e cargos cortados. A Contraf já cobrou os dados completos com a quantidade de cargos e vagas cortadas e o BB não apresenta. A últimas planilhas entregues tinham dados incompletos. Os sindicatos também apontam que há problemas não resolvidos envolvendo outros cargos.
A Contraf orienta os sindicatos a participarem das ações de mobilização e ingressarem com ações judiciais de for necessário. A Comissão de Empresa se reúne no próximo dia 1º de março para discutir o assunto e fazer os encaminhamentos aos Sindicatos e Federações.