BB e Bradesco sem condições de atendimento em Poções

Um registro de desumanidade no atendimento aos clientes e a sobrecarga de trabalho para bancários das agências do Banco do Brasil e do Bradesco na cidade de Poções foi feito pelos diretores do SEEB/VCR, Arnaldo Prates, Carlos Alberto e Jornan Almeida, na última quarta-feira (8).
Superlotação, estrutura precária e insalubre, aumento de demandas, além do quadro de funcionários reduzido, têm sido a da rotina de todos os usuários de serviços bancários na cidade.

Bradesco
A agência do Bradesco em Poções, funciona na mesma estrutura física há 30 anos. Isso, além da falta de funcionários suficientes para atender à demanda da região, tem resultado em clientes amontoados na unidade. Reflexo do descaso é o desrespeito diário aos clientes. “Eu estou aqui acompanhando minha mãe, de 87 anos, desde 9h da manhã, sem se alimentar, e ela é diabética e hipertensa, e não foi atendida até agora, quase meio-dia. O banco cobra taxas tão altas, tantos descontos, e nos oferecem um atendimento péssimo. Tem tantos idosos esperando nessas filas, com problemas de saúde, com idade avançada, e só tem um bancário para atender mais de 100 pessoas”, denuncia Miguel de Souza, filho e acompanhante de dona Laudelina, cliente do banco.

Banco do Brasil
O BB também não oferece uma realidade muito diferente. Desde o ataque ao banco de Boa Nova, os funcionários passaram a atender uma demanda muito maior. A gestão da instituição anunciou que apenas três dos sete funcionários serão realocados para Poções, mas, até o momento, apenas um foi lotado na agência, que não possui infraestrutura nem para receber mais bancários.
Para piorar, o BB/Poções passou a atender a carteira de clientes de mais três municípios, aumentando em mais de 8 mil o número de correntistas.
A população tem sofrido com a falta de investimentos e nem mesmo os terminais de autoatendimento dão conta das demandas e têm passado os finais de semana desabastecidos.
“O Sindicato está de olho nestas situações. Exigimos dos bancos, que tanto lucram, investimentos em estrutura e contratação de mais funcionários, para que bancários tenham melhores condições de trabalho e a população, atendimento de forma digna e humana”, ressalta Paulo Barrocas, presidente do SEEB/VCR.