O Tribunal Superior do Trabalho (TST) manteve decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) que impôs a necessidade da realização de concursos públicos específicos para preenchimento de cargos técnicos no Banco do Brasil, que exigem formação superior, diferente da forma como ocorre até então, com estes cargos preenchidos por pessoas que ingressaram no banco público através no concurso geral como escriturários e, possuindo a formação superior necessária, ascendem para carreiras técnicas como, por exemplo, área jurídica, engenharia, entre outras.
A decisão do TST, da qual ainda estão sendo analisados embargos declaratórios apresentados pelas partes, foi provocada por ação civil pública do Ministério Público do Trabalho, que questionou a constitucionalidade desta forma de ascensão interna.
Em primeira instância, foi determinado que o BB passasse a realizar concursos específicos para estas carreiras técnicas e que todos os trabalhadores que já haviam ascendido para tais cargos retornassem ao cargo de ingresso no banco.
Após a decisão, entidades do movimento sindical bancário ingressaram no processo e buscaram reformar a decisão para não prejudicar os trabalhadores que que já estavam alocados nas carreiras específicas. Com o recurso, o TRT manteve a decisão que obriga o BB a realizar concursos específicos, mas estabeleceu que os trabalhadores que já haviam ascendido para as carreiras técnicas até aquele momento permanecessem no cargo.
O BB apresentou recurso ao TST contra a decisão, mas o TST manteve a decisão do TRT.
Desta forma, o BB fica obrigado a realizar concursos específicos para as carreiras técnicas descritas na ação do MPT, mas os cargos dos trabalhadores que ascenderam antes da decisão do TRT seguem preservados. Já os trabalhadores que ascenderam para as carreiras técnicas entre a decisão do TRT e a ratificação da mesma pelo TST, estão protegidos por medida cautelar, de efeito suspensivo, mas que ainda depende do julgamento do mérito no TST.
Fonte: FEEB BA/SE