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Bradesco avança na precarização do atendimento ao cliente. Na última quinta-feira (26), o banco anunciou o início da atendimento aos clientes por meio do aplicativo WhatsApp. O anuncio foi feito no mesmo dia em que a instituição registrou o lucro líquido contábil de R$ 4,467 bilhões no primeiro trimestre de 2018, uma alta de 9,72% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando o resultado foi de R$ 4,071 bilhões. Ao invés de investir em melhor estrutura nas agências e mais funcionários, o banco tem utilizado cada vez mais a tecnologia para reduzir gastos.
A ferramenta usa a assistente virtual BIA (Bradesco Inteligência Artificial) que roda com a tecnologia Watson, da IBM. De acordo com o Bradesco, em matéria do G1, será possível conversar com gerentes diretamente pelo aplicativo, sem transações financeiras por enquanto.
O que o banco não avisa aos cliente que o Brasil é segundo país do mundo com maior número de crimes cibernéticos. No relatório da Norton Cyber Security de 2017, o país passou a ser o segundo país com maior número de casos de crimes cibernéticos, afetando cerca de 62 milhões de pessoas e causando um prejuízo de US$ 22 bilhões.
“O cliente é incentivado a usar os canais alternativos, é jogada toda a responsabilidade da operação, utiliza seu próprio equipamento e como no caso do internet banking, faz o serviço dos funcionários sem ao menos ser isentado das tarifas bancárias que são enormes. Isso retira do banco de sua obrigação de contratar mais funcionários para atender as demandas. No caso do Whatsapp, o que parece ser algo cômodo de poder ser atendido de forma mais flexível expõe os clientes ainda mais aos riscos do mundo virtual. Não podemos ser contra os avanços tecnológicos, mas como banco é uma concessão pública, o que era de se esperar seria um investindo primeiro em um bom atendimento nas agências, gerando mais empregos para melhorar a distribuição de renda e também no social”, destaca Paulo Barrocas, presidente do SEEB/VCR.
