O Bradesco tem demonstrado, mais uma vez, a falta de responsabilidade social de um banco que, mesmo registrando um lucro nacional de R$ 19,6 bilhões em 2024, planeja encerrar as atividades nas agências, ou PA’s, das cidades de Maetinga, Macarani, Maiquinique, Contendas do Sincorá, Ribeirão do Largo e Vitória da Conquista (Barão do Rio Branco).
O anúncio deixou bancárias e bancários preocupados, pois ainda não foram informados se serão realocados ou demitidos. No ano anterior, os dados nacionais mostraram que o banco demitiu 2,2 mil funcionários e fechou 390 agências. Na região de Conquista, a instituição concentra sozinha 41% de todos os desligamentos do setor bancário, agravando a precarização do trabalho e deteriorando o atendimento ao público.
Mesmo assim, a instituição continua pressionando os funcionários remanescentes a atingirem metas abusivas, transferindo toda a carga de trabalho dos demitidos aos que permaneceram, resultando em adoecimento coletivo e condições de trabalho insustentáveis. Os dados do SEEB/VCR mostram que 81% das Comunicações de Acidente de Trabalho (CAT) são do Bradesco, tendo a maior porcentagem de bancários adoecidos da região.
Nos últimos anos, diversas agências e PA’s da região já foram fechadas, como as de: Tanhaçu, Anagé, Rio de Contas, Nova Canaã, Bom Jesus da Serra, Potiraguá e Tremedal.
Paulo Barrocas, Secretário Geral do SEEB/VCR e funcionário do Bradesco, afirma: “O fechamento das unidades gera incerteza, aumenta o transtorno e agrava o adoecimento dos trabalhadores e trabalhadoras. O Sindicato já participou de reuniões com a diretoria regional e a matriz do Bradesco para garantir os direitos dos bancários do Bradesco. Além disso, o SEEB/VCR tem denunciado publicamente o descaso do banco com seus clientes e funcionários, e seguiremos firmes na luta, com protestos e mobilizações, em defesa da categoria.”