Nas últimas semanas, o Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região intensificou o trabalho de base nas agências, conferindo uma atenção especial aos postos de atendimento avançados.
A diretoria esteve presente nos PAAs do Bradesco em Belo Campo, Cândido Sales, Caturama, Ibicuí, Itambé, Nova Canaã, Piripá, Planalto e Rio de Contas, para verificar as condições de trabalho oferecidas aos empregados.
Durante a averiguação, ficou constatado, mais uma vez, o descaso do Bradesco para com os bancários e clientes. As unidades de Cândido Sales, Itambé e Nova Canaã estavam operando com apenas um funcionário. O problema é recorrente e acontece sempre que um trabalhador precisa se ausentar, em caso de licença ou de férias, e o banco não remaneja um substituto.
Se em equipe a demanda já é alta, para uma pessoa o serviço passa a ser desumano. Estudos comprovam que a sobrecarga de trabalho é um dos principais fatores de adoecimento físico e mental entre as bancárias e bancários. São maus exemplos como estes, promovidos pelo Bradesco, que fazem a categoria figurar entre as que mais são acometidas com doenças laborais.
Quem também sofre com o desprezo do banco são os clientes e usuários, principalmente os aposentados, que mesmo pagando juros e tarifas absurdas, precisam enfrentar filas cada vez maiores para conseguir atendimento.
“Apesar de apresentar lucros de mais de R$ 26 bilhões em 2021, o que significa uma alta de mais de 30% em relação ao ano anterior, o banco continua massacrando clientes e funcionários também nos PAAs. Ao não remanejar outra pessoa para o local do colega afastado, o banco praticamente dobra a demanda de trabalho de quem fica sozinho na unidade. Esse aumento da carga de serviço tem sido um dos principais responsáveis pelo adoecimento da categoria. O banco precisa retornar, para clientes e funcionários, condições de atendimento e de trabalho proporcionais ao que tem ganhado em lucros”, afirma Leonardo Viana, presidente do Sindicato.