O Brasil perdeu 118.776 vagas formais de emprego em março, informou nesta sexta-feira, 22, o Ministério do Trabalho e Previdência Social. Este é o pior resultado para o mês desde 1992, quando começou a série histórica.
O pior março desde então havia sido registrado em justamente em 1992, com o fechamento de 79.316 postos de trabalho. O resultado divulgado nesta tarde ficou dentro das estimativas de analistas do mercado financeiro consultados pelo AE Projeções, mas bem acima da mediana. Pelo levantamento, o volume de empregos fechados em março seria de 167.789 a 65.000 vagas. Com isso, a mediana ficou em 95.000 postos.
Em fevereiro, houve o fechamento de 104.582 vagas formais de emprego. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged de março são fruto de 1.374.485 contratações e 1.493.261 demissões no período. No primeiro trimestre deste ano, o saldo de postos fechados é de 319.150, com ajuste, ou seja, incluindo informações passadas pelas empresas fora do prazo. No acumulado dos últimos 12 meses, o País encerrou março sem 1.853.076 vagas, com ajuste.
Setores
De acordo com os dados do Caged, o setor de comércio foi o que mais eliminou vagas formais de emprego em março, sendo responsável pelo fechamento de 41.978 postos no mês passado. O número é resultado de 331.518 admissões e 373.496 desligamentos no período. Praticamente empatados na segunda posição de setor que mais fechou postos com carteira assinada em março ficaram a indústria da transformação e a construção civil.
No primeiro segmento, houve perdas de 24.856 vagas e, no segundo, de 24.184. No caso de serviços, houve 18.654 desligamentos e, no de agricultura, 12.131. Mais uma vez, em meio a tantos fechamentos de postos, a administração pública foi a única a ter saldo positivo, com a criação de 4.335 vagas; o setor extrativo mineral teve menos 964 vagas e os serviços industriais de utilidade pública ficaram com menos 344 postos.
Fonte: Correio 24h