Outubro é o mês da campanha de prevenção do câncer de mama e colo do útero. O movimento popular, denominado Outubro Rosa, é celebrado em todo o mundo – com nome que remete à cor do laço rosa, símbolo da luta pela prevenção do câncer de mama – e estimula a participação da população, empresas e entidades.
Foi nos anos 90, nos Estados Unidos, onde vários estados tinham ações isoladas referentes ao câncer de mama e ao exame de mamografia no mês de outubro, que, depois da aprovação do Congresso americano, o mês foi dedicado à prevenção e à conscientização sobre a doença. No Brasil, as campanhas acontecem desde 2002 e, a partir de 2011, incluindo também atenção ao câncer de colo do útero em diversos estados.
Em um mês que desperta a atenção para assuntos voltados para a saúde da mulher, é importante relembrar as conquistas ao longo da história para chegarmos até aqui. Durante muitos anos, falar sobre saúde da mulher ainda era um tabu em diversos espaços, fazendo com que um número grande de brasileiras tivesse dificuldade para realizar o autocuidado e conhecimento do próprio corpo.
Ainda hoje, as mulheres vivenciavam a realidade de um ambiente de trabalho em que, mesmo cumprindo as mesmas atividades que os homens, as suas remunerações são diferentes. Por meio da luta das mulheres por igualdade de direitos, este cenário precisa de avanços em aspectos importante, como o debate sobre a liberdade do corpo da mulher, fundamental para romper com barreiras conservadoras que impedem os autodiagnostico, importante no caso do câncer de mama.
“Esta é uma campanha muito importante, mas temos que pensar também nas barreiras que são encontradas pela falta de estrutura de atendimento na rede pública. Aqui em Conquista, temos observado, por meio do Conselho Municipal de Saúde, relatos de pessoas da área sobre a dificuldade de detecção do câncer na rede do Serviço Único de Saúde, muitas vezes demorando até dois anos para conseguir o diagnóstico devido à demora para agendamento de consultas e exames. Então, este mês precisa ser um momento também de conscientização sobre a importância de fortalecer do SUS para que seja possível um melhor atendimento para a classe trabalhadora”, destaca Giovania Souto, diretora de Saúde e Qualidade de Vida do Trabalhador.