O movimento Novembro Azul surgiu na Austrália, em 2003, e chegou até o Brasil por iniciativa do Instituto Lado a Lado pela Vida, em 2008. A campanha tem como objetivo conscientizar, buscar o diagnóstico precoce e prevenir o câncer de próstata. Apesar dessa centralidade, a ação também visa compreender outras doenças que atingem os homens, como câncer nos testículos e também doenças psicológicas.
No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, ficando atrás apenas do câncer de pele. A previsão é de que em 2018 ocorram 68.220 novos casos no país, segundo o Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva – INCA.
Um homem morre a cada 38 minutos devido ao câncer de próstata, no Brasil. Só em 2013, foram registradas 13.772 mortes devido a essa doença. A taxa de incidência é seis vezes maior nos países desenvolvidos se comparados com os países em desenvolvimento, ainda segundo o INCA. O maior desafio da campanha é quebrar o preconceito masculino de ir ao médico e, quando necessário, fazer o exame de toque.
“Temos visto crescer em nosso país campanhas que vêm trazendo resultados positivos ao romper com o silêncio. Nesse contexto, o novembro azul tem um desafio ainda maior, porque nos deparamos com as barreiras de uma sociedade machista, onde o homem se recusa a tratar com a devida atenção um exame que pode salvar vidas. Precisamos quebrar essa dificuldade também dentro das agências, construindo diálogos francos, onde nossos colegas de trabalho sejam capazes de entender que não é brincadeira. Assim como também devemos cobrar e enfatizar a necessidade da realização de exames periódicos obrigatórios nos bancos privados, como já acontece nos públicos”, destaca Giovania Souto, diretora de Saúde e Qualidade de Vida do Trabalhador do SEEB/VCR.