Vitória da Conquista está entre as 16 cidades mais violentas para as mulheres na Bahia, segundo pesquisa do Mapa da Violência de 2015, e o estado está entre os mais violentos do país. Entre janeiro e maio deste ano foram registrados 15.751 casos, 125 mulheres assassinadas, 5.021 casos de lesões corporais e 118 tentativas de homicídio.
Neste cenário, a Caravana Respeita as Mina realizou atividades no Colégio Polivalente de Conquista, no dia 1º de dezembro, após ter percorrido os 16 municípios do ranking. Esta é uma ação da Superintendência de Políticas para as Mulheres, que tem como finalidade debater e oferecer formação sobre o combate à violência contra a mulher. “Esses espaços de formação são fundamentais. A Caravana Respeita as Mina está realizando oficinas que dialogam com a rede de proteção a mulher, juventude e a sociedade. Esse debate alcança aquelas mulheres que infelizmente estão em diversas comunidades e não tem acesso a uma oficina como essa porque não podem se deslocar. Quando eu converso com pessoas dos sindicatos, coletivos de mulheres, associação de moradores e mulheres, elas serão multiplicadoras disso tudo que estamos dialogando e serão responsáveis por levar esse diálogo até outras mulheres e também para atuar em conjunto com a rede de proteção”, aponta Iraildes Andrade, facilitadora da oficina de sociedade civil.
Este é um momento de mobilização mundial. No dia 25 de novembro, declarado pela ONU como dia internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres, iniciou-se a campanha “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher”, e segue até o dia 10 de dezembro – Dia Internacional dos Direitos Humanos. A primeira edição desta campanha foi em 1991, no Brasil desde 2003. Hoje o calendário conta com programação em cerca 160 países.
Diretoras, diretores e bancárias da base do Sindicato estiveram presentes na capacitação e no ato institucional, que contou com abertura do grupo teatral Rosas da Democracia e a Banda Marcial da Polícia Militar.
“O alto índice de agressão em nosso estado reflete a falta de políticas públicas em orientação e repressão a agressão contra as mulheres não somente em ambiente familiar. A caravana cumpre um papel educativo importante e o Sindicato, como representante da sociedade civil, em conjunto com outras entidades teve a oportunidade de compreender mais sobre como lidar com as agressões também em âmbito institucional”, avalia Amanda Neves, diretora de Assuntos de Gênero do SEEB/VCR.
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