Diante do contexto de adoecimento bancário, relacionado às condições de trabalho e onde a saúde pública está sucateada, a CASSI se torna ainda mais valiosa, sendo este um dos benefícios que levam muitos trabalhadores a optar pelo emprego no Banco do Brasil.
Em 2014, o BB anunciou a situação deficitária da assistência. Após um ano de negociação, a intenção do banco ainda é retirar sua responsabilidade sobre a manutenção da Caixa de Assistência.
Na última quarta-feira (6), três das entidades representantes dos trabalhadores que participaram da Comissão de Negociações com o Banco do Brasil sobre a Cassi apresentaram uma proposta que repassa aos associados maior responsabilidade pelo custeio da Caixa de Assistência. Foi sugerido um aumento de 54% nas contribuições dos associados e do banco, deixando em aberto sobre aumentos futuros. Até então o BB ainda não se pronunciou sobre a questão.
Outro problema da proposta são os números apresentados para justificar esse aumento. Segundo o relatório, as receitas da Cassi cresceram 8,75% ao ano entre 2007 e 2014. Já as despesas médicas cresceram 12,02% ao ano no mesmo período. Porém, é preciso considerar que de 2004 a 2014, as receitas da Cassi (sem contar as oriundas do BET) cresceram 129%, para um aumento de 142% nas despesas com atenção à saúde. Ou seja, o crescimento das despesas não justifica o percentual de reajuste proposto.
Para a diretora de Cultura e Formação Sindical do SEEB/VCR, Larissa Couto, é inaceitável que associados ativos e aposentados paguem a conta pela má gestão da Caixa de Assistência e não tenham garantido nem a ampliação da rede de credenciamento. “Somos contrários a essa proposta indecorosa apresentada por essas entidades. Entendemos que o banco deve ser responsabilizado por esse déficit. Devemos continuar com o regime de solidariedade a fim de ratear os custos entre os participantes e banco, se for o caso de investir em melhoramentos do serviço”, ressalta Larissa.
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