O ano foi marcado pela oposição ao processo de desmonte dos bancos públicos e pela luta contra as reformas do governo Temer.
Já em janeiro, o Sindicato encaminhou ao Procon um abaixo-assinado com mais de duas mil assinaturas contrárias ao fechamento da agência BB/Régis Pacheco e entregou nas mãos do superintendente Estadual do BB, Marcos Ticianeli, um documento cobrando a permanência das agências Régis Pacheco e Barão do Rio Branco, a manutenção dos cargos comissionados e a contratação de mais bancários. Além disso, a diretoria promoveu reuniões com o secretário Municipal de Administração e com vereadores. Também foram realizados atos para esclarecimento da população, denúncias na imprensa e uma ação judicial foi movida buscando garantir a manutenção das atividades. O funcionamento da unidade Régis Pacheco foi encerrado em fevereiro.
Às vésperas do aniversário de 156 anos da Caixa, os bancários promoveram uma manifestação em Conquista, como parte do Dia Nacional de Luta contra o Desmonte da CEF, que se posicionou contrariamente ao Plano de Demissão Voluntária (PDV) e pela convocação dos aprovados no último concurso.
Os funcionários do Banco do Nordeste também realizaram o Dia de Luta no BNB, que buscou alertar a sociedade sobre as consequências da reestruturação que fechou a agência do Bairro Brasil e lançou um Programa de Incentivo ao Desligamento. As unidades Bairro Brasil, Barra da Estiva, Itapetinga e Conquista aderiram ao protesto.
No mês que se celebra o Dia Internacional da Mulher, o Sindicato participou, juntamente com outras entidades sindicais, coletivos feministas e movimentos sociais, da “Marcha das Mulheres pelos Direitos Sociais, Políticos e Trabalhistas: Contra o Machismo e Todas as Formas de Violência”.
Ainda em março, os bancários realizaram o Dia Nacional de Lutas com Greves e Paralisações Contra o Desmonte da Previdência Social Pública, em conjunto com outras categorias e movimentos sociais.
No dia 28 de março, a categoria marcou grande presença na Greve Geral, combatendo a terceirização, a retirada de direitos e as reformas trabalhistas e da Previdência. Na base territorial do SEEB/VCR, agências do Banco do Brasil, Banco de Nordeste e Caixa Econômica Federal não funcionaram nas cidades de Anagé, Barra do Choça, Belo Campo, Brumado, Dom Basílio, Iguaí, Itapetinga, Nova Canaã, Paramirim, Planalto, Poções, Rio de Contas, Tanhaçu, Tremedal, além de Conquista.
Para denunciar e exigir o fim das demissões, além de contratações imediatas de bancários, o Sindicato promoveu, no dia 17 de maio, uma paralisação nas unidades do Santander de Vitória da Conquista.
O dia 24 de maio ficou marcado como a data em que mais de 150 mil manifestantes realizaram o “Ocupa Brasília”, denunciando os retrocessos do governo Temer. A base de Conquista e região esteve presente no ato, com a participação de oito representantes.
Organização da categoria
Mesmo com o reajuste já definido para este ano, a categoria manteve o cronograma de encontros de formação e mobilização. Em julho, os bancários da base participaram do Encontro Nacional dos Funcionários dos Bancos Privados, do Congresso da CTB e Encontro Estadual dos Funcionários de Bancos Públicos. Em julho ocorreram os congressos nacionais dos funcionários do BB, CEF e BNB, além da Conferência BA/SE. Os bancários também definiram as ações e estratégias para o ano no fórum máximo, a 19ª Conferência Nacional.
Defesa do emprego, instituições e de direitos
Os bancários da região foram atuantes frente ao risco iminente do sucateamento e da privatização. Atos em defesa dos bancos públicos foram realizados, em outubro, nos municípios de Conquista, Brumado, Itapetinga e Poções.
A campanha “Defenda a Caixa você também” alertou a população sobre os riscos da CEF deixar de ser 100% pública e reuniu assinaturas integrando o Projeto de Lei de Iniciativa Popular que visa a revogação da reforma trabalhista.
Quando a “Caravana Vai no APP” chegou a Conquista, os diretores do SEEB/VCR realizaram uma ação de esclarecimento para clientes do BB, demonstrando as reais intenções do banco: demissões e precarização do atendimento.
O Sindicato também protestou publicamente contra as demissões no Bradesco. Somente este ano, o banco privado desligou 10% dos funcionários da base.
No último dia 5, o SEEB/VCR foi para as ruas compondo o Fórum Sindical e Popular, juntamente com outros sindicatos e movimentos populares, em uma manifestação contra a reforma da Previdência.
“O ano de 2017 foi marcado pela intensificação de ataques aos direitos dos trabalhadores. Apesar de não haver greve, foram inúmeras mobilizações em defesa da manutenção dos empregos e, sobretudo, contra o desmonte das empresas públicas. Esperamos que a categoria esteja ainda mais engajada nas lutas do próximo ano, pois sabemos que, com a reforma trabalhista, os bancos já estão dando sinais claros de mais pressão e desrespeito aos clientes e funcionários”, afirma Larissa Couto, vice-presidente do SEEB/VCR.