Como forma de organizar a luta da classe trabalhadora contra o projeto da reforma da Previdência do governo Bolsonaro, centrais sindicais, como a CUT, CTB, CSP-Conlutas, Intersindical, Força Sindical, Nova Central, CGTB, e CSB, convocaram para esta quarta-feira (20), a Assembleia Nacional da Classe Trabalhadora.
O ato, que acontece a partir das 10h, na Praça da Sé, no Centro de São Paulo, reunirá trabalhadoras e trabalhadores de diversas categorias e regiões do país para definir um plano unificado de combate à reforma.
A mobilização se estende por vários estados brasileiros, como Bahia, Amapá, Ceará, Maranhão, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e Sergipe, onde serão realizadas assembleias, panfletagens e o diálogo com a classe trabalhadora.
Reforma da Previdência
A proposta que deve ser entregue ao Congresso prevê a obrigatoriedade de idades mínimas para aposentadoria de 65 anos para os homens e 62 para as mulheres e uma regra de transição de apenas 12 anos.
Outra parte do projeto é a capitalização da Previdência, como foi adotado no Chile, durante a ditadura de Pinochet, e que está levando idosos à miséria, com benefícios muito menores do que o salário mínimo do país.
“Essa reforma é mais liberal e penaliza ainda mais o trabalhador que as propostas anteriores, acabando com a solidariedade e a assistência social no momento da vida que a população mais necessita. Fica claro que o caminho escolhido por esse governo é de favorecer o mercado, onde os grandes bancos irão se beneficiar com a venda de planos previdência privados. Precisamos criar um movimento amplo para barrar essa reforma que retira ainda mais direitos da classe trabalhadora”, afirma Paulo Barrocas, presidente do SEEB/VCR.