O ano começou mal para os usuários do Postal Saúde, plano de saúde dos funcionários dos Correios. Na última sexta-feira (3), o Postal Saúde anunciou a aprovação das alterações na forma de custeio do plano.
Com o aval da CGPAR 23, que limita o percentual de contribuição da empresa patrocinadora, o Postal Saúde passa a ser paritário, isto é, 50% para a patrocinadora e 50% para os usuários.
O discurso utilizado é o mesmo da Caixa: garantir a sustentabilidade do plano. E é com essa frase de efeito que a Caixa vem rodando o país para convencer o usuário que a limitação da contribuição para a assistência à saúde dos empregados a 6,5% da folha de pagamento garantiria a vida útil do plano, quando na verdade é o contrário!
O teto de 6,5%, que quebra a atual forma de financiamento, que determina 30% do custeio assistencial para os usuários e 70%, além de todos os demais custos, por conta da Caixa torna o plano inviável para o usuário e decretará o fim do plano.
A análise de consultoria atuarial contratada pela própria Caixa projeta que, com o limite de 6.5%, em 2023 os usuários terão que arcar com R$ 2,4 bilhões, representando 67,14% das despesas. Em 2020, quando ainda estará em vigor o modelo atual (70%/30%) pelas projeções, o valor que cabe aos titulares é de R$ 737 milhões. O formato aumenta os custos para os usuários e torna o plano financeiramente insustentável e excludente em um futuro muito breve.
Segundo artigo do Observatório do Participante, entre outras falácias, os representantes da Caixa afirmam que “pretendem adequar o Saúde Caixa o mais breve possível às regras impostas pela resolução CGPAR 23, e assim que isso estiver concluído, após o vencimento do ACT 2018/2020, a empresa irá reabrir o plano para admitir os empregados que ingressaram a partir de 01/09/2018”, porém uma das exigências da resolução é justamente a extinção dos planos de autogestão por RH, como é o caso do Saúde Caixa.
“O desmonte já começou. O que aconteceu com o Postal Saúde está prestes a acontecer com o Saúde Caixa. Temos atuado firmemente em todas as frentes contra essa imposição do governo e contra a fixação do teto de contribuição em 6,5% da folha de pagamento”, comenta a Diretora de Saúde e Previdência da Fenae, Fabiana Matheus.
A Fenae já fez uma Live para elucidar os perigos que o Saúde Caixa corre e esclarecer as dúvidas dos usuários. Clique aqui para assistir.
Fonte: Fenae