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“Com luta e união podemos muito mais”

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Nesta edição nós conversamos com o presidente do Sindicato dos Bancários de Jequié e Região, Marcel Cardim, que falou da crise econômica e as perspectivas para a Campanha Salarial 2015.

No Encontro Regional foi abordada a atual conjuntura econômica vivida pelo Brasil, que inclusive foi apontada como a pior desde a crise de 1929. Como o Sr. avalia o cenário econômico atual e quais seus impactos para a clase trabalhadora, sobretudo os bancários? Estamos vivenciando uma crise que não é tão grave como a mídia coloca, pois o cidadão tem deixado de consumir pela expectativa de crise. Tem retirado suas economias da poupança devido aos boatos de confisco. Enfim, nós brasileiros estamos criando uma crise surreal com consequências terríveis para o trabalhador, o que pode gerar altos índices de desemprego.

Também foi discutido no Encontro o projeto de lei que amplia a terceirização no país. Como a categoria está se organizando contra a aprovação deste projeto?
É preciso uma postura mais enérgica dos trabalhadores e dos movimentos sindicais? Entendo que o trabalhador brasileiro precisa estar consciente de seu papel, se informando e ajudando o movimento sindical na luta. Cabe aos sindicatos se organizarem, pois não há sindicato forte sem a participação dos trabalhadores. Nas últimas manifestações contra o PL 4330 demos uma demonstração forte de que com luta e união podemos muito mais. Prova disso é que muitos deputados mudaram seus votos e por pouco não derrubamos o projeto.

Quais os riscos que um Congresso tão conservador pode oferecer ao trabalhador brasileiro?
Estamos vivenciando um momento político muito ruim para os trabalhadores, pois a pauta do Congresso é de retrocesso no que diz respeito aos direitos trabalhistas. Elegemos deputados comprometidos com as grandes corporações e estamos pagando o preço. O principal verbo que precisamos conjugar é resistir. Caso contrário, perderemos os principais direitos trabalhistas.

O que foi discutido em relação à Campanha Salarial 2015?
Quais são suas perspectivas para este ano, que promete negociações mais difíceis? O movimento sindical nunca obteve um cenário favorável, pois nossas conquistas foram sempre com muita luta e muita pressão. Vivemos hoje num patamar de inflação superior a 8% e temos de estar vigilantes e preparados para a guerra que ocorrerá durante a Campanha Salarial. Precisamos do apoio dos bancários e conclamo que todos venham fortalecer seus sindicatos para alcançarmos novas conquistas.

Como o Sindicato deve se posicionar em relação aos deputados que votaram contra os trabalhadores na votação do PL 4330 e da Medida Provisória 665?
Nós já estamos com uma forte campanha na imprensa e redes sociais, denunciando esses nomes com intuito de desgastar a imagens desses políticos. Resta continuar, pois o brasileiro tem memória curta. Mas vamos relembrar na próxima campanha eleitoral.

*As opiniões expressas na entrevista não refletem, necessariamente, o posicionamento da diretoria do SEEB/VCR.

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