O modelo de capitalização que o governo quer implementar com a reforma da Previdência só será benéfico para os bancos. Pelo projeto, as empresas deixam de recolher as contribuições para o Estado e passam a engordar o patrimônio dos fundos de capitalização privados, no caso, os bancos.
Em números, o empregador deixaria de contribuir com os atuais 20% do salário do trabalhador para o equivalente a 8,5%. A mesma taxa ficaria para os empregados e aos bancos caberia a gestão dos fundos de pensão. Mas, para isso é preciso o pagamento de uma taxa de administração.
A mudança segue o modelo implementado no Chile, onde a maior crítica foi a perda de renda dos trabalhadores na aposentadoria. Cerca de 60% recebem o beneficio abaixo do salário mínimo do país. Sem contribuição do Estado ou dos empregadores, os fundos de pensão que administram o sistema de previdência capitalizada, todos estrangeiros, controlam um montante correspondente a 80% do PIB do país.
Além da capitalização da aposentadoria, o governo vai discutir com a PGFN (Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional) o fim do pagamento integral de pensão por morte e a desvinculação dos benefícios assistenciais do salário mínimo.
Fonte: SBBA.