No último dia 25, o Comando Nacional dos Bancários se reuniu na sede da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Instituições Financeiras do Rio Grande do Sul (Fetrafi-RS) para discutir a conjuntura nacional, a agenda de reuniões do ano e a estratégia de negociação.
Em meio à condenação em segunda instância do ex-presidente Lula, a avaliação dos dirigentes é que o governo Temer e o mercado financeiro vão manter a pressão com objetivo de acentuar os retrocessos para os trabalhadores. O Comando entende que a conjuntura deste ano é de luta contra a privatização das estatais e em oposição à reforma da Previdência e aos demais desmontes das políticas de proteção social.
Após firmar um acordo válido por dois anos em 2016, a categoria bancária agora possui o desafio de arrancar um Acordo Coletivo de Trabalho que contorne os problemas advindos da reforma trabalhista, manter os direitos já conquistados e avançar nas questões de salário, manutenção do emprego, saúde, segurança, entre outras pautas. Para isso, as conferências regionais e estaduais devem ser realizadas entre os dias 13 e 20 de maio. O Encontro do BNB está previsto para os dias 18 e 20 de maio.
Os congressos nacionais já estão agendados: dias 7 e 8 de junho ocorrem o Encontro dos Bancos Privados, o Conecef e o CNFBB. Logo depois, 9 e 10 de junho, está marcada a 20ª Conferência Nacional dos Bancários.
O Comando Nacional também vai tentar antecipar as negociações com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). “O ano será de manifestações intensas e debates sobre a melhor forma de lutar contra a perda de direitos frente aos ataques dos banqueiros, que já começaram a desrespeitar a convenção coletiva antes mesmo do seu vencimento, e da promoção junto aos demais sindicatos e da sociedade em defesa da Previdência. Os bancários devem estar atentos ao calendário e participar de todas as atividades propostas. Juntos somos mais fortes”, afirma Sarah Sodré, diretora de Assuntos Jurídicos.