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Comissão dos Funcionários retoma a negociação com o BNB

Vale-transporte interurbano, redução do número de caixas, seleção interna para caixas e auxiliar de negócios e reclassificação de agências foram alguns dos assuntos debatidos na primeira reunião de 2025 da mesa permanente de negociação entre a direção do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e a Comissão Nacional dos Funcionários do BNB (CNFBNB). O encontro aconteceu na quarta-feira (29/1), em Fortaleza (CE).

Além dos temas relacionados aos funcionários do banco, a CNFBNB também apresentou uma denúncia sobre a baixa qualidade da alimentação aos prestadores de serviço terceirizados na Paraíba.

Sobre o vale-transporte interurbano, a Comissão solicitou que o banco avalie novas formas de pagamento do vale-transporte em localidades onde não for possível a comprovação da compra de passagens interurbanas, pois em alguns municípios o transporte é feito por cooperativas que não emitem os bilhetes oficiais exigidos pelo banco para fazer o reembolso ao funcionário ou a compra antecipada das passagens. Com isso, o bancário não consegue comprovar o gasto com o deslocamento. O banco ficou de avaliar.

Caixas

Em relação a rumores de redução no quantitativo de caixas executivos, o banco informou que a única medida a ser implementada em curto prazo será a conversão de 20 vagas não preenchidas para a função, em novas vagas para a função de auxiliar de negócios. A CNFBNB reforçou a sugestão de criação da função de auxiliar administrativo para resolver dois problemas simultaneamente: manter a remuneração de quem deixar de ser caixa, quando no futuro houver redução destes profissionais, e dar suporte aos gestores responsáveis pela área administrativa ou que acumulam as áreas administrativa e operacional.

A representação dos funcionários solicitou também o fim da exigência de uma avaliação 360 para a participação de recém-contratados em concorrências para as funções de caixa executivo e auxiliar de negócios. O banco se comprometeu a estudar uma solução para o problema.

Reclassificação das agências

A Comissão insistiu também na discussão sobre a reclassificação das agências, pois este é tema que preocupa o funcionalismo, que reclama da valorização excessiva da variante ‘Mercado’ no quesito. Os bancários se sentem desmotivado, pois independentemente do desempenho da agência, se o ‘Mercado’ onde ela atua for decadente, a agência será reclassificada para baixo e os funcionários terão queda em suas remunerações.

O diretor de Negócios do banco, Luiz Abel, esclareceu que o peso do mercado na avaliação das agências já foi reduzido de 40% para 30% e que para evitar perdas de remuneração de funcionários de agências com bons resultados, em anos anteriores não houve reduções no diferencial de mercado dos funcionários de agências que ficaram entre as três primeiras colocadas (top 3), mesmo que fossem reclassificadas para baixo por causa do mercado, e que não há problemas em repetir essa política. O banco reconhece que o mercado tem impactos que independem dos resultados da agência e informou que está buscando melhorias no programa, mas ainda não tem um estudo finalizado. A representação dos funcionários cobrou celeridade nesse processo.

A CNFBNB insistiu que há distorções na avaliação das carteiras rurais e que a metodologia precisa ser revista com urgência. Hoje a carteira é avaliada pelos seus resultados, somados aos resultados do programa AgroMais, que é operacionalizado exclusivamente pelo AgroAmigo, sem nenhuma responsabilidade dos gestores das carteiras rurais. Quando o Agroamigo, por qualquer motivo, não atingir sua meta de contratações pelo AgroMais, as carteiras rurais podem ser mal avaliadas, mesmo que suas metas sejam até ultrapassadas. Isso prejudica os gerentes das carteiras, e pode até acarretar descomissionamento, em caso de duas avaliações negativas. O banco informou que os gestores não terão nenhum prejuízo se a causa do mau desempenho em 2024 for provocada por problemas nas contratações do AgroMais.

Outros temas abordados na reunião foram a pesquisa sobre vale alimentação e vale refeição e a percepção do Convergente. O banco informou que a Pluxee (Sodexo) foi a única empresa que obteve os votos de mais de 15% do funcionalismo. Logo, continuará sendo a única contratada para esta finalidade. Quanto à percepção do Convergente, devido ao grande número de participantes, que resulta em grande número de avaliações qualitativas, o banco precisará de mais tempo para avaliar e sistematizar os resultados. A apresentação dos resultados e debate com a Comissão Nacional deve ocorrer na próxima rodada de negociação.

O banco informou ainda que houve grande adesão dos funcionários aos grupos focais sobre questões de gênero e de raça/cor. Informou também que está trabalhando na contratação de especialistas que irão coordenar tais grupos e que, quando estes primeiros grupos estiverem caminhando bem, serão abertas as inscrições para os grupos focais sobre PCD/neurodivergentes e sobre mulheres.

PCR e PLR

A representação dos funcionários pediu informações sobre a tramitação da revisão do Plano de Cargos e Remuneração (PCR), cuja proposta de revisão foi entregue pela comissão paritária no início de dezembro do ano passado. O banco explicou que está priorizando a melhoria do Plano BD da CAPEF e o estudo para um novo PID, pois estes temas caminham juntos e as discussões foram iniciadas antes da entrega da proposta de revisão do PCR.

O banco entende que se levar mais de um assunto polêmico e com impactos financeiros importantes para análise no âmbito federal, poderá provocar resultados negativos para essas ações, ou seja, apresentar as propostas em momentos diferentes é estratégico para maximizar as chances de aprovação das mesmas pelos órgãos de controle. Entretanto, o banco informou que a proposta do novo PCR está no radar da Instituição para ser encaminhada em breve.

A Comissão Nacional classificou também como discriminatória a norma interna do BNB que trata asseguramentos de comissões, por criar castas de funcionários ao garantir a continuidade do recebimento dos valores das comissões, após a perda das mesmas, por períodos diferentes (de 3 meses a 1 ano), dependendo da posição hierárquica (quanto maior a hierarquia maior o período de asseguramento), e sem asseguramento nenhum para funções hierarquicamente inferiores a gerentes gerais. A CNFBNB cobra que esse período seja isonômico para todos (de um ano para todas as funções). O banco ficou de avaliar.

Sobre a participação nos lucros e resultados (PLR), a Comissão reconhece e agradece o empenho de todos pela conquista da PLR, que durante a campanha nacional 2024 teve percentual ampliado de 25% para 48% do montante distribuído aos acionistas, o que fez com que houvesse aumento da PLR paga aos funcionários, uma vez que esta é calculada em cima do montante distribuído aos acionistas. Além disso, o BNB foi o primeiro a pagar a antecipação no ano passado. A CNFBNB pediu um esforço do banco para que também seja o primeiro a quitar a PLR em 2025.

O banco esclareceu que os resultados do exercício 2024 ainda não foram publicados e que o pagamento aos funcionários só pode ser feito após o pagamento dos dividendos aos acionistas, mas ficou de avaliar a questão.

A próxima rodada de negociação da mesa permanente deve acontecer no dia 12 de março, às 14h, na sede administrativa do BNB, no Passaré, em Fortaleza.

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