Política é uma derivação do grego polis, que significa aquilo que é público, mas continua sendo desvirtuada pela maioria dos políticos brasileiros, colocando em risco a credibilidade de uma democracia ainda em construção. As mentiras da campanha eleitoral, a permissividade e a participação dos agentes do Estado na corrupção para favorecer partidos, empresários e os próprios funcionários públicos (políticos também são), transformam o governo em mero administrador de crises, cada vez mais refém dessa teia de sustentação baseada na troca de favores.
As velhas receitas de redução de investimentos, aumento do custo de vida e dos impostos, arrocho salarial, demissões e corte de direitos voltam a ser aplicadas, prejudicando principalmente a população mais pobre do país.
Aos trabalhadores, mais uma vez, só resta lutar com todas as suas forças para garantir suas conquistas. É preciso cobrar das centrais sindicais e associações representativas de classe um posicionamento firme para exigir da presidente e dos parlamentares eleitos que não haja retrocesso nos direitos trabalhistas e sociais.
Para os bancários a tarefa será ainda mais difícil, pois o anúncio da venda de ações da CEF é um prenúncio de que nos próximos anos teremos que estar unidos, organizados e mobilizados para responder à altura o ataque deste governo contra as empresas públicas e os direitos da categoria bancária.