O dia 1º de setembro é considerado a data-base da categoria bancária. Historicamente, representa um período de lutas e intensa mobilização dos bancários em todo o país.
A unificação da data-base aconteceu em 1982, ano em que os trabalhadores vivenciaram um grande arrocho salarial acompanhado de intenso empobrecimento da população. Motivada pelo objetivo de obter melhores condições de trabalho e salários mais dignos, foi construída a unidade nacional da categoria bancária.
Em junho de 1985 aconteceu o primeiro Encontro Nacional dos Bancários, no Rio de Janeiro. Ali se reuniu a Comissão Nacional de Negociações, formada por sindicatos, federações e a Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito (Contec). Nesse período, também foi criado o Departamento Nacional dos Bancários da CUT (DNB-CUT). Após o Encontro Nacional dos Bancários, que aconteceu no dia 31 de agosto daquele mesmo ano e reuniu 10 mil trabalhadores, foi deflagrada uma greve que marcou a história, nos dias 11 e 12 de setembro.
Após seis anos de mobilizações, foi apresentada à Fenaban, pela primeira vez, a Minuta Mínima Unificada, constando as reivindicações dos bancários de todos os bancos do país. No ano seguinte, em 1992, foi assinada a primeira Convenção Nacional dos Bancários.
Tudo isso demonstra a força que a categoria possui. O que foi conquistado até hoje é fruto de muita luta e da unidade dos bancários, que sabem o quanto ainda precisam se mobilizar para atingir seus objetivos.
A Campanha Salarial 2016, apesar de possuir um contexto sócio-econômico e político que tende a dificultar as negociações, traz também a esperança de valorização dos bancários por parte do governo e dos patrões, uma vez que a categoria é a maior responsável pela alta lucratividade do setor financeiro.
Por isso, mais do que nunca, é hora dos bancários se unirem e, com o apoio da população, brigar por melhores condições de trabalho e também de atendimento. Só a luta nos garante.
Foto: SP-Bancários.