Nesta segunda-feira (17), é comemorado o Dia Internacional de Luta Contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia. Há 31 anos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) decidiu suprimir a homossexualidade como doença mental da lista de patologias registradas no Manual de Diagnóstico e Estatística de Desordens Mentais.
A data visa conscientizar a população em geral sobre a luta contra a discriminação dos homossexuais, transexuais e transgêneros, debater os mais variados tipos de preconceitos contra as diferentes orientações sexuais e identidades de gênero, além de gerar o desenvolvimento de uma conscientização civil sobre a importância da criminalização da homofobia.
Segundo o “Relatório: Observatório de Mortes Violentas de LGBTI+ no Brasil”, divulgado pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), 237 LGBT+ tiveram morte violenta no país vítimas da homotransfobia em 2020: 224 homicídios (94,5%) e 13 suicídios (5,5%).
Diferentemente do que se repete desde que o Grupo Gay da Bahia iniciou tal pesquisa, em 1980, pela primeira vez, as travestis ultrapassaram os gays em número de mortes: 161 travestis e trans (70%), 51 gays (22%) 10 lésbicas (5%), 3 homens trans (1%), 3 bissexuais (1%) e finalmente 2 heterossexuais confundidos com gays (0,4%).
“A data ressalta a necessidade de adoção de medidas práticas indispensáveis para se conferir efetiva cidadania à população LGBTQIA+, que além de todos os riscos a que está exposta toda a sociedade brasileira, ainda morre em razão de uma condição inata. Morre por expressar carinho em público, morre por ser diferente de um padrão heteronormativo. E não é só isso, a luta também envolve direito à educação, à moradia, ao acesso ao sistema público de saúde de acordo com as respectivas particularidades”, afirma Sarah Sodré, diretora de Assuntos Jurídicos.