Dia Nacional de Luta no BB reivindica respeito aos direitos e melhores condições de trabalho

BB/Poções

Bancárias e bancários que atuam no Banco do Brasil realizaram o Dia Nacional de Luta em Defesa do BB e dos Direitos dos Funcionários, nesta quarta-feira (22).

O Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região promoveu a mobilização em sua base territorial, com a colocação de cartazes e faixas nas agências para esclarecer a população sobre os problemas enfrentados pelos trabalhadores e ressaltando a importância do BB como instituição pública, essencial para o desenvolvimento nacional.

O ato ocorreu em diversas agências do país. Entre os principais pontos de insatisfação estão o corte de vagas de seis horas e a substituição por cargos de oito horas, uma manobra que agrava a sobrecarga. Além disso, o banco anunciou a suspensão dos pagamentos de substituições nos meses de novembro e dezembro, retirando direitos e desvalorizando quem assume responsabilidades adicionais sem o devido reconhecimento financeiro.

A manifestação também denuncia que a redução no lucro – que teve queda de 40,7% em relação ao mesmo período do ano passado -, foi influenciada principalmente pela inadimplência do crédito concedido ao agronegócio e o prejuízo deve ser pago pelos devedores, não pelos trabalhadores do banco. Mesmo com a diminuição, o lucro apresentado pelo BB foi de R$ 11,2 bilhões no primeiro trimestre.

“Essa manifestação ela marca aquilo que nós já discutíamos durante o último Congresso dos Funcionários do Banco do Brasil, que é justamente o banco atuar para jogar sobre os funcionários a responsabilidade pela queda nos lucros e que a gente sabe que não foi culpa dos trabalhadores, mas da mudança na legislação e, sobretudo, das ações orquestradas de alguns setores que atuam em alguns ramos econômicos, principalmente no setor do agro, que coordenadamente já estavam entrando com pedidos de recuperação judicial para não pagar as dívidas com o banco. Nós aqui no Sindicato, no movimento sindical, vamos continuar pressionando o BB para garantir que sejam respeitados os direitos dos trabalhadores e as condições de trabalho, já que o banco vem querendo impor mudanças na jornada de trabalho dos assistentes e também proibindo que as substituições aos gestores sejam feitas no mês de novembro e dezembro. Isto é ruim, prejudica os trabalhadores e precariza as condições de trabalho nas agências”, considera Leonardo Viana, presidente do SEEB/VCR.