A mobilização dos empregados da Caixa Econômica Federal promete se estender por toda esta quarta-feira (2). Neste Dia Nacional de Luta, a categoria vai reivindicar melhores condições de trabalho, cumprimento de Acordos Coletivos de Trabalho, transparência nas reestruturações e a retomada das contratações, entre outros. As ações estão sendo realizadas pelas federações e sindicatos em suas respectivas bases, e um dos objetivos é envolver a sociedade desse debate.
Em Brasília (DF), as atividades começaram já nesta terça-feira, em frente aos edifícios sede do banco, e vão prosseguir no dia de hoje. Em São Paulo (SP), o sindicato convocou ato público para as 12h, em frente ao prédio da Almirante Barroso. Fabiana Matheus, coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), critica a postura da direção da empresa. “O diálogo, que foi retomado há alguns anos, não existe mais, a ponto das negociações serem completamente ignoradas. A mobilização da categoria é fundamental”, afirma.
Sérgio Takemoto, diretor da Fenae e secretário de Finanças da Contraf-CUT, também destaca a importância da participação de todas as entidades. “As medidas unilaterais da direção do banco tornam o ambiente de trabalho insustentável”, diz. Dionísio Reis, diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo e integrante da CEE/Caixa, frisa: “cerca de 11 mil bancários reúnem condições de sair da empresa por meio do PAA. Mesmo assim, os representantes da Caixa dizem que não devem contratar mais pessoas”.
Na quinta-feira passada (25), milhares de empregados usaram as redes sociais para protestar. Foram inúmeros posts com as hashtags #CaixaRespeiteoEmpregado #CaixaCumpraosAcordos #CaixaSejaTransparente. “Aproveitamos a força das redes, sobretudo do Facebook e do Twitter, para mostrar nossa indignação com a direção do banco. Foi uma importante ação, e outras virão”, adianta Fabiana Matheus.