O Dia Mundial de Combate às LER/Dort é fruto da luta dos trabalhadores pelo reconhecimento das doenças provocadas pelo trabalho exercido em condições inadequadas. O maquinário e mobiliário oferecidos, as metas abusivas e o assédio moral praticado para o cumprimento destas, a sobrecarga de tarefas e a falta de funcionários suficientes para executá-las, e a pressão por uma lucratividade cada vez mais inalcançável são fatores que aumentam os índices de doenças ocupacionais.
No atual contexto, onde o avanço das tecnologias, que deveria representar a melhoria da qualidade de vida do trabalhador, poupando o seu tempo e possibilitando a realização de atividades de lazer e bem-estar, se restringem a serem usadas pelo sistema capitalista para aumentar a exploração. Sendo os bancos os principais representantes deste sistema, as ações de desvalorização do trabalho do ser humano têm sido mais acentuadas, com uma redução extrema do número de trabalhadores no setor inversamente proporcional ao aumento da lucratividade. Para os que produzem os lucros, as doenças ocupacionais têm virado epidemia. Lesões por esforços repetitivos e as que são ligadas ao fator psíquico tem acontecido de forma alarmante entre bancárias e bancários.
O respeito as leis e aos acordos coletivos é fundamental para que essas doenças possam ser prevenidas. Esta é uma responsabilidade dos empresários e do governo, no entanto, o trabalhador também precisa desenvolver a consciência de lutar por seus direitos para poder buscar diagnostico e se afastar do ambiente de trabalho no período necessário. Por isso, temos que fortalecer nossa organização com o objetivo de enfrentar todas estas adversidades que nos impedem de trabalhar com dignidade e respeito a saúde.
Giovania Souto
Diretora de Assuntos de Saúde e Qualidade de Vida do Trabalhador