Na última sexta-feira (8), a diretoria do Banco do Brasil informou, através da imprensa, que a instituição passará por um novo processo de desmonte.
Uma das ações previstas é o lançamento de um programa de desligamento incentivado, que, além de buscar a aposentadoria de 8 mil funcionários que já possuem esse direito, dessa vez será ampliado aos que não têm o tempo de contribuição necessário para receber o benefício do INSS.
Na prática, o banco quer extinguir milhares de postos de trabalho e substituir os funcionários concursados por terceirizados. Prova disso é que foi divulgada a intenção de terceirizar setores inteiros da instituição.
Uma das desculpas do BB para a diminuição do quadro é a priorização do uso do aplicativo para smartphone, que já representa 72,1% dos acessos às contas. Contudo, o banco não divulga como isto será prejudicial aos clientes de baixa renda e idosos, que muitas vezes dependem unicamente do atendimento presencial.
Outra ideia nefasta e que vai de encontro com o papel social do BB é o remanejamento de pessoal. Com isso o banco demonstra que deve buscar os clientes com maior potencial financeiro, deixando desassistidos os municípios menores, piorando o atendimento e as condições de trabalho dos bancários.
Somente nos nove primeiros meses deste ano, o Banco do Brasil já lucrou R$ 7,9 bilhões, 11,8% a mais que no ano passado, o que evidencia o quanto o plano é desnecessário.
O pacote de maldades demonstra claramente que a diretoria do Banco do Brasil deve impor um processo de mudança do perfil da instituição, precarizando o serviço bancário e explorando ainda mais os seus trabalhadores, clientes e usuários em busca de lucros ainda mais altos.
“Essas medidas demonstram o quanto os ataques aos trabalhadores estão se intensificando. Quando uma instituição pública que se volta totalmente aos interesses do capital é prova que está sendo preparada para uma possível privatização reforçando o golpe contra a população. Nós bancários precisamos defender a essência de uma instituição financeira pública cumprindo seu papel social”, afirma Larissa Couto, funcionária do BB e vice-presidente do SEEB/VCR.
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