O presidente do Sindicato dos Bancários, Paulo Barrocas, e o diretor de Assuntos Jurídicos, Rodrigo Maia, se reuniram na tarde desta quinta-feira, 02, com procuradores do Ministério Público do Trabalho em Vitória da Conquista.
O objetivo da reunião foi solicitar as providências necessárias em relação às denúncias recebidas pelo Sindicato e buscar medidas preventivas para que novos casos não aconteçam. São denúncias ligadas a condutas antissindicais, cometidas por gestores de algumas agências bancárias, que estão exercendo pressão psicológica em seus funcionários, cobrando horários indevidos para chegar ao local de trabalho (7h30 ou após as 17h), além da realização de atendimento seletivo a alguns clientes e ligações para os telefones pessoais dos bancários grevistas, coagindo-os a exercerem suas atividades no banco. A pressão é tão grande que existem gestores ameaçando alguns funcionários, informando que eles podem ser transferidos provisoriamente para outras unidades ou terem suas comissões extintas.
Diante desses fatos, foi entregue um ofício ao Ministério Público do Trabalho, solicitando as providências cabíveis para que o movimento grevista permaneça com sua força. “Infelizmente esta medida precisou ser adotada, já que as reuniões com os superintendentes parecem não ter surtido o efeito esperado, que foi o da cooperação com os bancários que estão em seu direito de greve”, afirma o diretor de Assuntos Jurídicos, Rodrigo Maia.
De acordo com a procuradora do MPT, Manuella Gedeon, alguns procedimentos formais precisam ser adotados antes de se chegar a uma ação civil pública. “Nós vamos, de uma forma preliminar, expedir notificações recomendatórias que serão entregues aos bancos, a fim de que eles cumpram. Continuaremos com as investigações ou inquérito, que podem resultar até em uma ação civil pública, caso o direito do trabalhador de exercer livremente o direito constitucional de greve seja descumprido”, conclui a procuradora.