Apesar de surpreender com a apresentação da proposta de reajuste nas primeiras rodadas de negociação (algo que não acontecia há muitos anos), a Fenaban mantém a estratégia de negar a maioria das reivindicações e apostar no pagamento de abono em vez de aumento salarial. As negativas dos banqueiros já levaram o Comando dos Nacional dos Bancários a orientar as assembleias para aprovação da greve por tempo indeterminado.
Se o propósito dos bancos era desmobilizar os bancários e inibir sua participação nas lutas, a falta de respeito com a categoria deverá aumentar sua disposição para garantir seus direitos e conquistar outros mais.
A disponibilidade para a luta deve ser intensificada, uma vez que, concluído o processo do impeachment (independente do resultado), as pautas que estão aguardando votação no Congresso preveem dias difíceis para os trabalhadores. As reformas Previdenciária e Trabalhista, o congelamento dos gastos públicos e as privatizações devem afetar diretamente toda a população e, de forma mais intensa, os trabalhadores que ainda estão no mercado, que será duramente precarizado com as relações de trabalho cada vez mais deterioradas.
“Mas é preciso ter força, é preciso ter raça sempre”, como diz o cantor Milton Nascimento. Só assim conseguiremos seguir em frente construindo dias melhores para todos.