Por Alex Leite*.
Em um ano marcado pelo descontentamento de uma parte da categoria com o acordo fechado entre o Comando Nacional e a FENABAN, a revelação de mais um capítulo da tentativa de golpe militar organizada pelo ex-presidente Bolsonaro e sua cúpula, mostram-nos a necessidade de estarmos atentos e fortes.
Nesta Campanha Salarial, realizada depois de dois governos autoritários, de direita, e que impuseram derrotas à classe trabalhadora através das reformas aprovadas pelo Congresso, também direitista, os bancários imaginavam conquistar avanços significativos.
Se desta vez, era visível o descontentamento, vide números das assembleias, principalmente nos bancos oficiais, a busca por um acordo sem uma greve também era claro, na estratégia usada pelo Comando.
Sem uma luta que conquiste avanços, mesmo com os enfrentamentos que solidifique a luta coletiva, talvez, quando for necessário resistir contra a retirada de direitos, não tenhamos força suficiente, por não sabermos mais como se faz.
Ao descobrirmos os detalhes do golpe militar frustrado, que envolvia o assassinato do presidente eleito, seu vice e ministros do STF, e toda uma narrativa política para consolidar uma ditadura no país, com consequências previsíveis de desrespeito a todos os direitos constitucionais e humanos conquistados com muita luta pela sociedade.
Os fatos mostram que escapamos por pouco. Não podemos esquecer de que é preciso estarmos atentos e conectados, além de organizados e dispostos a encarar os desafios de garantir que tudo que conquistamos com muita luta e determinação não seja destruído, seja pela ganância dos banqueiros e pelos devaneios de ditadores de plantão.
*Alex Leite é diretor de Imprensa e Comunicação do SEEB/VCR.