Por Alex Leite, diretor de Imprensa e Comunicação.
Em seu artigo nono, a Carta Magna brasileira traz o seguinte texto: “é assegurado o direito de greve, compelindo aos trabalhadores decidir sobre os interesses que devam por meio dele defender”.
Foi através de muita luta que a sociedade brasileira reconheceu o direito dos trabalhadores interromperem a produção, seja ela de qualquer natureza, para demonstrar a importância do seu trabalho e garantir meios e condições melhores de sobrevivência.
A greve é um instrumento legítimo e um direito do trabalhador, e através dela é que conquistamos nossas maiores vitórias. O estabelecimento das jornadas de trabalho, a participação nos lucros e resultados e os diversos itens que compõe o nosso acordo coletivo foram frutos de longas batalhas que mobilizaram milhares de bancárias e bancários para que a categoria conquistasse direitos e benefícios que hoje compõe as nossas cláusulas econômicas e sociais acordadas entre patrões e empregados.
Mais uma vez, chegou a hora da greve ser utilizada. Desta vez não para reivindicar aumentos salariais e outros benefícios de que ainda temos carência. Agora é o momento de unir todos os trabalhadores para impedir que uma reforma da previdenciária, que só mantem os privilégios dos mais ricos e atenta contra os interesses daqueles que durante anos contribuíram para a Previdência e agora podem ter seus direitos ignorados.
Mas, a luta não é só contra esta reforma proposta, é também contra a entrega das empresas estatais para o lucro do capital privado, o desemprego, a destruição da educação pública, o caos na saúde e nas questões ambientais e a falta de uma política de desenvolvimento social e econômico para o país que atenda os interesses da maioria dos brasileiros e não uma elite de banqueiros e empresários.
No dia 14 de junho vamos defender nossos direitos com o instrumento previsto na nossa constituição: a GREVE GERAL.