Por Alex Leite, diretor de Imprensa e Comunicação.
O mês de agosto acabou e o Brasil continua sem perspectivas. Com os números da produção industrial, serviços, comércio e outros setores da economia apresentando queda – o que gera cada vez menos impostos e recursos para o governo -, os cortes de verbas para importantes áreas que são fundamentais para o desenvolvimento econômico e social têm sido a prioridade do presidente em exercício.
Segundo o ministro Marcos Pontes, os recursos para garantir mais de 80 mil bolsas de estudo patrocinadas pelo Conselho Nacional de Pesquisa (CNPQ) serão cortados, inviabilizando pesquisas científicas, significando o atraso ou o fim de anos de estudo e experiências jogadas no lixo. Ao mesmo tempo, as queimadas que atingem não só a região da Floresta Amazônica, mas, consomem uma vastidão de matas virgens nos diversos biomas do país, impedem o desenvolvimento sustentável e comprometem o futuro do planeta.
O governo utiliza a retórica de um nacionalismo de mentira, pois a alegação da defesa das riquezas da floresta contradiz totalmente com o processo indecente de privatização das empresas estatais brasileiras essenciais para o povo, a exemplo dos bancos, das empresas de energia elétrica, do ramo petrolífero, de água e saneamento. Sem contar as privatizações nas áreas da Saúde e Educação, ou seja, o presidente ainda tenta enganar seus eleitores.
Enquanto falta dinheiro para atender as necessidades da população, Jair Bolsonaro gasta mais de 200 mil reais para assistir jogos da Copa América – além de outras despesas para ir a jogos do campeonato brasileiro. Foram R$ 5,8 milhões pagos em seis meses, por meio dos cartões corporativos, com gastos sigilosos do presidente, isso sem falar nas caronas nos aviões da FAB para parentes e amigos frequentarem festas particulares.
O projeto de desmonte do Estado brasileiro vai sendo posto em prática sem que a maioria da população perceba claramente os prejuízos presentes e futuros. Uma reação consciente e organizada se faz necessária para interromper o caminho caótico que estamos seguindo.