Bancárias e bancários de todo o país participaram da 22ª Conferência Nacional da categoria, que teve início na última sexta-feira (17) e encerrou neste sábado (18). Foi aprovada a minuta de reivindicação unificada para a Campanha Nacional. A Convenção Coletiva que está em vigor até agosto, foi aprovada no ano de 2018 e teve validade por dois anos.
Após dois dias de debates sobre o atual momento político do país, a categoria discutiu as propostas para minuta e aprovaram a reivindicação de reajuste da inflação, mais 5% de aumento real nos salários e todas as cláusulas econômicas. Além disso, também foi indicada a regulamentação do trabalho home office, tendo como proposta, a proibição da retirada de diretos, e entre outras coisas, que o empregador seja o responsável pelos custos do teletrabalho, assim como o fornecimento dos equipamentos de trabalho e ergonômicos.
A Campanha Nacional 2020 terá como prioridade a manutenção dos empregos e dos direitos, bem como a defesa dos bancos públicos. A Conferência também aprovou a atualização da cláusula sobre o estabelecimento e a cobrança de metas pelos bancos e a manutenção das demais cláusulas hoje presentes na CCT.
Representando a base do Sindicato dos Bancários, Leonardo Viana e Paulo Barrocas, estiveram presentes no debate e na votação da minuta. A assembleia virtual do SEEB/VCR para decidir sobre a minuta, a autorização para a diretoria do sindicato negociar as convenções e contribuição negocial será iniciada na segunda-feira (20), às 18h, e segue até a terça-feira (21), às 22h. Todas e todos trabalhadores da base poderão votar.
A campanha deste ano enfrenta um cenário nacional obscuro, onde nem mesmo uma pandemia sanitária tem sido um impedimento para o governo de Jair Bolsonaro colocar em prática seu projeto de destruição do patrimônio nacional e os direitos da classe trabalhadora.
Os delegados também aprovaram cinco moções de repúdio. Uma em solidariedade às famílias das vítimas da Covid-19; uma contra o racismo estrutural e pelo fim da violência policial; uma de repúdio ao Banco Santander; e uma de apoio ao meio ambiente, aos povos indígenas e aos quilombolas.
“Apesar das adversidades da pandemia, a conferência no formato virtual não prejudicou a pluralidade do debate e a defesa das mais diversas ideias. Agora, com a nossa proposta de reivindicações aprovada, é hora de unificarmos os esforços para construir uma mobilização com toda a categoria em defesa da manutenção dos nossos direitos, conquistados ao longo de muitos anos de luta de bancários e bancárias e por uma remuneração mais justa e seja condizente com o resultado que produzimos com o nosso trabalho dia após dia. É o momento de irmos à luta”, avalia Leonardo Viana, presidente do SEEB/VCR.