As mobilizações em defesa das estatais têm marcado a trajetória dos trabalhadores ao longo das últimas décadas. Criadas através dos impostos pagos por todos nós, brasileiros, para contribuir com desenvolvimento econômico, industrial e social, estas empresas já demonstraram, ao longo dos anos, a capacidade efetiva para cumprir a missão. No entanto, os grandes desvios de função provocados pela interferência político-partidária nas administrações, com ingerências e nomeações de cargos apenas para obter apoios eleitorais, criaram um círculo vicioso em que a corrupção passou a ser regra entre as relações das empresas com os políticos, desprezando a sociedade a qual deveriam servir.
Os bancos públicos, mesmo com todos desmandos cometidos, por meio da desvalorização dos seus trabalhadores, precarização das condições de trabalho e atendimento, e sucateamento das instituições – através de reestruturações, fechamento de agências e desvios de função -, graças ao trabalho árduo do seu quadro funcional, têm sido os principais agentes fomentadores da economia, atendendo as principais demandas de investimento de atendimento à população.
Ao mesmo tempo, as caixas de previdência, que deveriam garantir os benefícios necessários para atender os trabalhadores, têm sido utilizadas também para financiar empresários que apenas visam lucro sem nenhum retorno social para o país. Estes investimentos dos fundos favoreceram figuras como Eike Batista, os irmãos Joesley e Wesley Batista, entre outros que se tornaram milionários com financiamento público, sem esquecer o “emprego” de Geddel Vieira Lima na CEF.
Precisamos defender o que foi construído com o suor de todos, exigindo que as empresas sejam utilizadas para alavancar o desenvolvimento econômico e social e não para servir de cabides de emprego usados por políticos em benefícios próprios. As estatais são patrimônio de todo povo brasileiro.
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