Um dia após os atos terroristas em Brasília, 60 mil pessoas lotaram a Avenida Paulista nesta segunda-feira (9), em São Paulo, para defender o Estado Democrático de Direito. Aos gritos de “sem anistia e sem perdão, queremos Bolsonaro na prisão”, os manifestantes exigiram punição severa aos participantes, mentores e financiadores dos atentados de domingo (8).
Presente ao evento, a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) se somou à luta contra o fascismo. “Essa agenda golpista foi derrotada nas urnas e não vai ser na marra, não vai ser com golpe, que eles vão ser vitoriosos. O povo que votou na agenda da democracia deve exigir punição a todos esses golpistas. Devemos ainda pedir a prisão de Bolsonaro porque foi ele que estava mancomunado com as elites desse país para não permitir que a agenda que foi vitoriosa nas urnas seja sagrada vitoriosa e governe. A CTB se soma a essa luta em defesa do Estado Democrático de Direito”, disse o secretário-geral da CTB, Ronaldo Leite, sobre o carro de som estacionado no vão do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp).
Já o vice-presidente da Diretoria Executiva da CTB, Ubiraci Dantas de Oliveira, clamou pela ampliação da luta nas ruas e no Congresso Nacional. “Todo o nosso repúdio a essa tentativa de golpe realizada em Brasília pelos terroristas. Esses fascistas não querem um Brasil livre e soberano. Eles não querem um salário digno para o povo, emprego, saúde e educação. Eles querem o caos. Querem esfolar e acabar com a nossa liberdade e a nossa vida. Agora é cadeia para esses canalhas, a começar por Bolsonaro, que está escondido nos Estados Unidos para não ser preso. Não vai ser na marra e nem de jeito nenhum que os fascistas vão se dar bem. O povo mais uma vez vai vencer”, apontou.
Na mesma linha, a secretária adjunta de Finanças da Central, Francisca Pereira da Rocha Seixas, pediu punição aos fascistas e destacou a importância do ato em defesa da democracia. “Consideramos esse ato extremamente importante enquanto reação a todo episódio lamentável que ocorreu pelo país afora, especialmente em Brasília. Um atentado à democracia e ao Estado Democrático de Direito. Esse ato é fundamental para garantir o funcionamento das instituições desse país e que o nosso governo Lula, eleito pelo povo brasileiro, possa governar”, avaliou a professora.
Convocada pelas frentes Povo Sem Medo, Brasil Popular e Coalisão Negra por Direitos, a manifestação na capital paulista contou, além da população, com integrantes de movimentos sociais, centrais sindicais, entidades de classes e partidos políticos progressistas. Torcidas organizadas de Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo também participaram do protesto.
Fonte: CTB.