Os trabalhadores da Caixa já estão mobilizados para pressionar o banco a suspender o processo de reestruturação iniciado em 10 de março. Nesta quarta-feira (16), durante manifestações em Brasília e no Rio de Janeiro, eles demonstraram a insatisfação com as medidas adotadas pela direção da empresa e que estão preparados para o Dia Nacional de Luta convocado pela Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) para 24 de março, quinta-feira da próxima semana.
“Temos que mostrar, nas ações a serem realizadas por federações e sindicatos, toda nossa indignação com o formato dessa reestruturação. Mais uma vez, a categoria vai mostrar sua força”, ressalta a coordenadora da CEE, Fabiana Matheus.
Segundo o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira, a falta de transparência tem deixado a categoria aterrorizada. “Esse processo está sendo colocado em prática de forma unilateral. Não houve diálogo com empregados e entidades representativas. Não podemos permitir esse desrespeito, nem prejuízos aos trabalhadores e retrocessos”, diz ele.
A orientação da CEE/Caixa é que federações e sindicatos realizem atividades, como retardamento de abertura de agências e paralisações. A comissão destaca a importância da participação de toda a categoria, a fim de cobrar, entre outros, a retomada das contratações e melhores condições de trabalho.
Atos
Nesta quarta-feira (16), em Brasília (DF), o Sindicato dos Bancários retardou por uma hora o funcionamento da entrada principal da Matriz I. A atividade reuniu dezenas de bancários. Representantes de sindicatos de outros estados também participaram da manifestação, a exemplo de Marcos Saraiva (Marcão), diretor do Seeb/CE. “Vivemos um momento de muita dificuldade que está deixando os empregados da Caixa no Nordeste apavorados. Temos que dar um basta e suspender imediatamente esse processo de reestruturação. Os empregados precisam de respeito e não é isso que está acontecendo”, destacou.
No Rio de Janeiro (RJ), foram realizadas paralisações no prédio da Avenida Almirante Barroso, bem como nas agências Rio Branco e Carioca, localizadas na mesma região. “Os colegas da Girec e de várias outras gerências, que estão sendo fundidas e extintas, já foram atingidos, e não vai parar por aqui. A gente precisa criar um movimento que vá muito além, parando o Brasil inteiro, e não só o Barrosão”, defendeu o presidente da Apcef/RJ e vice-presidente do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, Paulo Matileti.