Mais de 240 assessores de comunicação e dirigentes sindicais se reuniram em Salvador, entre sexta-feira (24/3) e domingo (26), no 4º Encontro de Comunicação da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB). O evento foi marcado por excelentes debates, que resultaram na criação da Rede Nacional de Comunicação Colaborativa da CTB.
A iniciativa, aprovada na plenária final neste domingo, pretende propiciar um salto de qualidade na comunicação da Central com a sociedade e, especialmente, com a classe trabalhadora, levando a informação sobre temas importantes do país, com a ótica classista. O objetivo é mostrar os efeitos de decisões econômicas e políticas na vida das pessoas, sem o viés elitista da grande mídia.
Os primeiros passos para a construção da rede já foram dados, com sua aprovação e o compromisso assumido pelas entidades sindicais presentes ao encontro de contribuir para que a proposta se efetive a partir de agora. O grande teste inicial será a cobertura do Dia do Trabalhador -1º de Maio.
A Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe e os sindicatos cetebistas da sua base participaram do Encontro e também se comprometeram a unir esforços para ampliar o alcance da comunicação da CTB nos dois estados.
Debates proveitosos
O 4º Encontro de Comunicação foi marcado por excelentes debates sobre a conjuntura política, os desafios da comunicação sindical diante das dificuldades enfrentadas pelo presidente Lula neste início de governo, a perspectiva para a democratização da comunicação com a atual composição do Congresso Nacional, além do papel dos algoritmos das redes sociais na luta sindical.
As intervenções foram feitas pelo secretário geral da CTB, Ronaldo Leite, os jornalistas Altamiro Borges, Renata Mielli e Gustavo Alves, que mostraram aspectos importantes da situação brasileira neste momento, em que o movimento sindical terá muitas dificuldades, apesar de um governo mais favorável aos seus interesses.
Os palestrantes convergiram também na orientação para que as entidades sindicais voltem a ocupar as ruas para pressionar por mudanças na taxa de juros da economia (Selic) e na política de preços da Petrobras, pela retomada da política de valorização do salário mínimo e outras pautas essenciais para o desenvolvimento do país.
Fonte: FEEB/BA-SE.